Ibovespa abre em baixa depois da aprovação do arcabouço, ainda com teto da dívida americana no radar

No dia anterior, o principal índice do mercado de ações brasileiro recuou 0,26%, aos 109.928 pontos. Ibovespa opera em baixa
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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, abriu em baixa nesta quarta-feira (24), após a aprovação do texto do novo arcabouço fiscal pela Câmara dos Deputados na noite anterior.
O índice acompanha o desempenho negativo de bolsas no exterior, com investidores ainda na expectativa por um acordo que permita ao governo americano elevar o seu teto de endividamento antes do começo de junho.
Às 10h08, o índice caía 0,74%, aos 109.112 pontos. Veja mais cotações.
Na véspera, o Ibovespa teve queda de 0,26%, aos 109.928 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular:
Ganhos de 5,54% no mês;
Avanço de 0,44% no ano.

O que está mexendo com os mercados?
No cenário doméstico, o grande destaque do dia é a aprovação do novo arcabouço. A proposta limita os gastos do governo, substituindo o atual teto de gastos, e coloca regras para o crescimento das despesas nos próximos anos.
O texto prevê:
que seja feita a avaliação bimestral de receitas e despesas;
que o crescimento dos gastos públicos fica limitado a 70% do crescimento da arrecadação do governo, caso a meta seja cumprida (exemplo: se a arrecadação subir 2%, a despesa poderá aumentar até 1,4%);
que o crescimento dos gastos públicos fica limitado a 50% do crescimento da arrecadação do governo, caso a meta não seja cumprida (exemplo: se a arrecadação subir 2%, a despesa poderá aumentar até 1%);
que mesmo que arrecadação do governo cresça muito, será necessário respeitar um intervalo fixo no crescimento real dos gastos, variando entre 0,6% e 2,5%, desconsiderando a inflação do período.
ENTENDA: O ponto a ponto do novo arcabouço fiscal
Já no exterior, as atenções seguem voltadas à renegociação do das dívidas dos Estados Unidos, que permanece sem nenhum acordo entre os democratas, do presidente Joe Biden, e os republicanos, do presidente da Câmara, Kevin McCarthy.
A maior economia do mundo atingiu o seu limite de endividamento, de US$ 31,4 trilhões, ainda em janeiro – lá, o ano fiscal vai de outubro a setembro. Agora, precisa que o Congresso aprove uma elevação do teto dos gastos para conseguir continuar arcando com suas despesas, emitindo novos títulos de dívidas,
Representantes do governo afirmam que o Tesouro ficará sem dinheiro para honrar seus compromissos financeiros já no começo de junho, caso um acordo não seja feito logo.
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