Juventude se mobiliza por justiça para Sarah Domingues

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Com uma passeata em Porto Alegre, plenárias e pichações por todo o país, a militância da UJR se mobilizou nesta semana para pedir justiça por Sarah Domingues, covardemente assassinada no último dia 23.

Redação


JUVENTUDE – Uma semana após o assassinato de Sarah Domingues, dirigente estudantil e comunista de Porto Alegre, a militância da UJR, da UP e do PCR realizou uma série de mobilizações em vários estados do país. A série de atos começou com uma passeata na capital gaúcha, onde a militância dessas organizações exigiu justiça por Sarah e punição aos assassinos. Até agora, nenhum dos responsáveis foi identificado ou preso.

“Quem apertou o gatilho, quem assassinou Sarah, porque a gente não pode aceitar essa impunidade, aceitar que tantos jovens sejam levados todos os anos sem que a gente tenha respostas. E é essa luta que a gente está fazendo hoje. Para que a gente tenha respostas do poder público, que as investigações sejam encaminhadas, que não seja mais um crime sem respostas. Que os culpados sejam investigados, julgados e punidos”, afirmou Cauã Antunes, militante da UJR.

Atos políticos por todo o país

A militância da UJR, do PCR e da Unidade Popular também se reuniu para celebrar a memória de Sarah e exigir justiça para a companheira que também construía o jornal A Verdade. Plenárias foram realizadas nos dias 30 e 31, em ao menos 12 estados, além do próprio Rio Grande do Sul.

Em cada plenária, a militância pôde reafirmar o compromisso com a luta que Sarah fez na defesa da sociedade socialista para nosso país. Em cada evento, além da homenagem das organizações, foi lida uma carta escrita pelas organizações que Sarah militava em que reafirma o histórico de combatividade e coragem da camarada na luta contra a espoliação capitalista.

“Sarah sabia quem eram nossos inimigos e soube lidar com muitas adversidades para garantir que nossa mira seguisse apontada para o capitalismo, esse sistema que nos consome e nos mata de tiro, de fome, nas guerras e enchentes. Com certeza, sempre lembraremos da Sarah e faremos com que ela permaneça viva através das nossas lutas, vitórias e conquistas”, afirma um trecho da carta.

Os militantes da UJR também realizaram uma série de pichações em várias cidades exigindo justiça. Assim como milhares de pessoas que são assassinadas pelo Brasil, grande parte da mídia tratou com “naturalidade” o assassinato. Por isso, a militância da União da Juventude Rebelião decidiu pela campanha de pichações como forma de expressar que Sarah não pode se tornar mais um número na estatística desse sistema que nada faz para resolver os problemas dos trabalhadores e do povo pobre.

Sarah continua presente em cada luta travads neste país pela juventude e pelas mulheres. Não pararemos enquanto não houver justiça para nossa companheira. Em cada ocupação, manifestação e mobilização, a memória de luta pelo socialismo de Sarah estará presente.

Ato na Paraíba contou com dezenas de militantes do PCR, UJR e UP. Foto: JAV/PB
Plenária no Rio de Janeiro ocorreu na UFRJ e reuniu militantes de várias cidades da Região Metropolitana do RJ. Foto: JAV/RJ

Momento da leitura da carta no ato realizado no Centro Cultural Manoel Lisboa, em Recife. Foto: JAV-PE
Pichação em Aracaju pede justiça para Sarah. Foto: Reprodução
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