‘Transporte público é a solução. Gestores precisam entender isso’, defende presidente da Fetronor

Durante participação no 1º Seminário de Mobilidade Urbana em Aracaju (SE), nesta quarta e quinta-feira, 17 e 18 de maio, o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (Fetronor), Eudo Laranjeiras, defendeu a importância de investimentos que garantam a melhoria do transporte público em todo o Brasil. Eudo participou da mesa redonda “Financiamento do Transporte Público para garantia da sua sustentabilidade”, ao lado de Francisco Christovam – presidente executivo da Associação Nacional de Transportes Urbanos (NTU); Renato Telles – presidente Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Mobilidade; e Alberto Almeida – presidente da Fetralse.

“A gente ouve muito sobre ‘o problema do transporte’. Eu vejo o transporte diferente. Vejo como solução. O que está faltando é a capacidade dos gestores em entender dessa forma e desenvolver ações que contribuam para isso. O transporte está na Constituição como serviço essencial, então precisa de investimentos mais significativos, não apenas para as melhorias que podem e precisam ser feitas, mas para a mudança de uma realidade que hoje envolve a falta de prioridade nas vias, frotas antigas, superlotação dos veículos, entre tantos outros pontos que quem utiliza o ônibus, infelizmente conhece bem”, apontou.

Ainda durante o evento, promovido pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros de Alagoas e Sergipe (Fetralse), Eudo abordou a importância de que o transporte esteja contemplado nos orçamentos das prefeituras e governos. “O transporte é um serviço público – ainda que operado por empresas privadas. Mas, como eu disse, é um serviço público, e isso requer orçamento, de modo a garantir subsídios para os passageiros, melhorando o serviço prestado a eles. Isso é o que acontece no mundo inteiro há muito tempo, e é por isso que há um transporte de melhor qualidade em lugares da Europa e dos Estados Unidos, por exemplo”.

O presidente da NTU, Francisco Christovam, concordou com a fala de Eudo, destacando os subsídios – na média de R$ 7 bilhões neste ano – para manter a tarifa de ônibus em São Paulo no valor de R$ 4,40, aliado a uma boa prestação de serviços – com ônibus com ar-condicionado, piso baixo e motor traseiro, por exemplo.

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