Procon fiscaliza preços abusivos após desabastecimento de água por vazamento de ácido em Joinville

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Fechada logo após o incidente, a estação tratamento da cidade foi reativada nesta terça-feira. Previsão é de que o serviço seja retomado durante a manhã. Caminhão tomba, pega fogo, interdita serra e produto químico vaza em rio de SC
O Procon de Joinville, no Norte de Santa Catarina, fiscaliza os preços abusivos após o aumento repentino e abusivo no valor da água engarrafada na cidade. A situação ocorre um caminhão que tombou vazar ácido sulfônico no Rio Seco, na segunda-feira (29) e deixar 75% da cidade sem abastecimento.
Fechada logo após o incidente, a estação tratamento da cidade foi reativada nesta terça-feira (30). A previsão é de que o serviço seja retomado durante a manhã.
Em comunicado, o Procon também disse que entrou em contato com estabelecimentos para verificar se houve aumento do preço. Até a tarde a manhã desta terça duas denúncias foram feitas por moradores sobre o aumento de preço.
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A substância chegou até o rio, que deságua no Rio Cubatão, após o acidente na Serra da Dona Francisca, na SC-418, durante a manhã. Joinville é a cidade mais populoso do estado e tem 616.323 habitantes.
Por conta do desabastecimento de água, mercados registraram tumulto, longas filas e falta de garrafas de água desde o início da tarde de segunda-feira (29). A orientação do Procon é para que a população economize água e não pague preços abusivos pelo produto, pois não há ressarcimento de valores.
“Vale ressaltar que a água que está armazenada nas caixas d’água ou que está chegando nas torneias é própria para uso. Ainda não há um prazo para normalização do abastecimento”, disse o órgão.
Com ETA fechada, mercadores registraram muito movimento nesta segunda-feira
Redes sociais/ Reprodução
O motorista sofreu ferimentos leves, passou a noite em observação e recebeu alta nesta terça. Imagens feitas pela Polícia Militar Ambiental mostram uma espuma branca no rio (imagem abaixo).
Caminhão tomba, pega fogo, interdita serra e produto químico vaza em rio de SC
Prefeitura de Joinville/Divulgação
Mercados têm prateleiras de água vazias após vazamento
O que é a substância que vazou em rio e deixou parte de cidade sem água
Produto tóxico
Segundo Daniele Legat Albino, gerente do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), o contato direto com o material pode causar desde queimaduras na pele a lesões oculares graves. A substância também é nociva por inalação e ingestão.
Por conta da capacidade de tornar óleos mais solúveis, o ácido sulfônico costuma ser usado para produzir detergentes e produtos de limpeza em geral.
Em nota, a Buschle & Lepper Distribuidora de Produtos Químicos informou que o caminhão transportava o ácido para a unidade de distribuição de Joinville. Afirmou que “está acompanhando a identificação das causas do acidente, as providências necessárias para mitigar os impactos sócio-ambientais” (nota no fim do texto).
Acidente
O acidente aconteceu no km 16 e fechou a Serra da Dona Francisca por tempo indeterminado. A Polícia Civil informou que abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do derramamento.
A Estação de Tratamento de Água (ETA) do Cubatão foi fechada preventivamente para a captação e um gabinete de crise foi instalado na cidade.
Técnicos da Companhia Águas de Joinville realizam análises constantes para garantir que não há resquícios do produto químico.
Acidente provocou contaminação de águas em Joinville
Arte/G1
O que diz a empresa
A Buschle & Lepper Distribuidora de Produtos Químicos vem a público informar que o caminhão cujo acidente na SC-418 resultou no vazamento do produto químico, transportava o Ácido Sulfônico para a unidade de distribuição de Joinville. Este insumo, utilizado para a produção de detergentes e similares, era transportado pela empresa terceirizada Transpare Transportes (Inlog). A transportadora é homologada para esta atividade pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), além de possuir as certificações necessárias para o transporte de produtos químicos.
A empresa lamenta as consequências desta ocorrência para o abastecimento de água de Joinville e para o meio ambiente, informa que seus técnicos estão atuando junto ao Gabinete de Crise da Prefeitura de Joinville desde esta manhã para contribuir na busca de soluções para os danos causados e que está acompanhando junto à Inlog a identificação das causas do acidente, as providências necessárias para mitigar os impactos sócio-ambientais e a evolução do quadro de saúde do motorista.
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