Governo dos EUA diz que não está buscando guerra com o Irã, mas que vai retaliar ataque que deixou três soldados americanos mortos

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Soldados foram mortos por ataque de drone em base militar na fronteira da Jordânia com a Síria no sábado (27). Segundo a Casa Branca, os EUA irão responder de maneira ‘racional’. Três militares americanos morrem em ataque na Jordânia
O governo dos Estados Unidos informou nesta segunda-feira (29) que não estão buscando uma guerra com o Irã, mas que irão responder ao ataque com drone na Jordânia que matou três soldados americanos no sábado (27).
Foi John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, que disse que os EUA não buscam guerra. Ele também disse que o ataque no qual os soldados ficaram mortos foi uma escalada, e que exige uma resposta.
Krby afirmou que o presidente americano Joe Biden responderá ao ataque do Irã, e que essa resposta ocorrerá de maneira “racional”.
Esta foi a primeira vez que soldados americanos morreram em um ataque desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro. Biden culpou grupos militantes armados apoiados pelo Irã pelo ataque.
“Sabemos que (o ataque) foi realizado por grupos combatentes radicais apoiados pelo Irã que operam na Síria e no Iraque”, disse Biden no domingo (28). Além disso, o presidente dos EUA prometeu que fará com que “todos os responsáveis prestem contas, quando e como considerarmos conveniente”.
Segundo a agência de notícias AFP, a Casa Branca ainda está na fase de reunir provas e avaliar o acontecido.
O Irã não assumiu a responsabilidade pelo ataque e negou as acusações americanas e britânicas de que apoiava os grupos militantes responsáveis pelo incidente, que ocorreu em uma base militar no nordeste da Jordânia, perto das fronteiras com o Iraque e a Síria.
Embora as mortes tenham provocado temores de uma escalada do conflito no Oriente Médio, o porta-voz da Casa Branca disse que o governo dos EUA não está interessado em uma extensão bélica na região.
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Irã fala sobre o ataque
Quando negou vínculo com o ataque, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Naser Kanaani, descreveu as acusações como infundadas.
“A República Islâmica do Irã não vê com bons olhos a expansão do conflito na região”, disse Kanaani em um comunicado no domingo (28). Ele também disse que o governo do país “não está envolvido nas decisões dos grupos de resistência”.
Até agora, ninguém reivindicou o ataque, embora, no domingo (28), a chamada Resistência Islâmica no Iraque tenha afirmado que lançou três ataques com drones contra bases na Síria, inclusive perto da fronteira com a Jordânia.

O ataque
O Comando Central (Centcom) americano informou no domingo que um ataque atingiu uma base de apoio logístico localizada na Torre 22, no nordeste da Jordânia, e feriu ao menos 34 membros do serviço – oito deles precisaram ser retirados do país.
A base tem quase 350 integrantes do Exército e da Força Aérea americana que realizam “uma série de funções cruciais de apoio”, entre outras, para a coalizão internacional contra o grupo extremista Estado Islâmico.
Segundo a Defesa dos EUA, as forças do país e seus aliados no Iraque e na Síria foram alvos de mais de 150 ataques desde meados de outubro. Trata-se de uma repercussão direta do conflito na Faixa de Gaza entre Israel, aliado dos americanos, e Hamas, apoiado pelo Irã.
O porta-voz do governo jordaniano, Muhanad Mubaidin, disse que “o ataque terrorista teve como objetivo uma posição avançada na fronteira com a Síria”, e que seria um golpe às tropas americanas “que cooperam com a Jordânia para enfrentar o terrorismo e assegurar a fronteira”.
Os governos do Bahrein e Egito também condenaram o ataque.

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