Ministra fala sobre duas novas Casas da Mulher Brasileira em MS

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As novas unidades serão construídas em Dourados e Corumbá e devem começar a funcionar já no próximo ano. Enfrentamento à violência: Cooperação técnica e mais duas Casas da Mulher
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, foi a entrevistada do quadro “Papo das 7”, do Bom Dia MS, nesta segunda-feira (29). Durante a entrevista, a ministra falou sobre as duas novas Casas da Mulher Brasileira em Mato Grosso do Sul, que serão construídas em Dourados e Corumbá e devem começar a funcionar já no próximo ano. Veja entrevista acima.
Foi em Campo Grande que a primeira Casa da Mulher Brasileira do país foi inaugurada. Desde de 2015, a instituição que reúne todos os serviços especializados para atender a mulher vítima de violência é referência no Brasil e agora, a implantação de outras duas unidades no estado já estão autorizadas.
Em Corumbá – cidade a 413 quilômetros de Campo Grande – a construção ficará a cargo do Governo do Estado. Para isso, R$ 7,8 milhões serão repassados para Mato Grosso do Sul. Já em Dourados, a obra ainda entrará em fase de licitação.
“A Casa da Mulher Brasileira em Dourados ainda está em processo de licitação pelo Ministério da Justiça, dia 27 de fevereiro é que abre a licitação e a gente vai ter a empresa vencedora; a partir daí tem prazo legal para a constatação da justiça, a ordem de serviço e a previsão da obra é entre 9 a 11 meses. Então nós estamos esperando que seja até 2025. E eu acredito que as duas no início de 2025 vamos estar inaugurando elas”.
Em Dourados, segunda maior cidade do estado, a Casa da Mulher Brasileira também promete ser referência no atendimento às mulheres indígenas e vai ficar a cerca de 10 quilômetros das maiores comunidades indígenas do município, a Jaguapiru e Bororó.
Papo das Sete desta segunda-feira (29).
Reprodução
Segundo a ministra, a unidade terá funcionárias indígenas e todo o preparo necessário para abraçar a realidade dessas mulheres a partir da localidade, da territorialidade, a partir da sua cultura e da sua língua.
“A legislação que atende as mulheres, principalmente as mulheres urbanas e branca, não atende as mulheres indígenas. A outra questão é a questão da territorialidade. Os territórios indígenas ficam mais distantes da cidade, tem outras perceptivas, outros olhares, você não consegue colocar uma mulher em uma casa abrigo. Uma mulher urbana fica em uma casa abrigo durante 90 dias, a indígena você tira do território, não cabe mais tirar uma mulher do seu território, então é essa perceptiva que não queremos construir de diferente”.
Ainda de acordo com a secretaria, a intenção é expandir o modelo de atendimento a todo o país: hoje três estados já assinaram com o Governo Federal para a criação das Casas.
“Nós já temos previsão de 27 Casas a serem instaladas e estamos na solicitação de 63, então o Brasil inteiro será beneficiado”.
A secretária adiantou ainda que o projeto ainda será apresentado a cúpula do G20, que acontece neste ano no Rio de Janeiro.
Cida Gonçalves está em Mato Grosso do Sul nesta segunda-feira justamente para assinatura do acordo de cooperação técnica para adesão ao Programa Mulher Viver sem Violência e de para implementação das unidades da Casa da Mulher Brasileira em Dourados e Corumbá.
“O programa traz ações concretas de enfrentamento a violência à mulher, temos a Casa da Mulher Brasileira, temos o Centro de Referência a Mulher, nós temos políticas de prevenção à violência contra das mulheres, portanto ele é um programa ambo, para trabalhar toda a esfera da violência contra as mulheres”.
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