Halder Gomes e Edmilson Filho repetem parceria de ‘Cine Holliúdy’ e gravam filme de espionagem com comédia: ‘007 cearense’

Gravações de “C.I.C – Central de Inteligência Cearense” seguem até 8 de junho na capital e no litoral cearense. Diretor repete parceria com o ator Edmilson Filho. O diretor Halder Gomes e o ator Edmilson Filho gravam o filme “C.I.C. – Central de Inteligência Cearense”.
Arlan Elton e Gabriel Caetano
Você já deve ter ouvido falar da CIA, a Agência Central de Inteligência, que costuma aparecer em filmes de ação norte-americanos, sempre com uma missão ultrassecreta. Mas quem gosta de longas-metragens cheios de emoção e clima de espionagem não precisa esperar apenas por produções internacionais: o filme, “C.I.C – Central de Inteligência Cearense”, próximo lançamento do diretor Halder Gomes, traz uma mistura de ação e, claro, muita comédia. Halder já esteve à frente de filmes como “Cine Holliúdy” e “Bem-vinda a Quixeramobim”.
A trama, em gravação no Ceará, narra a história do agente Karkará, interpretado por Edmilson Filho (o Francisgleydisson de Cine Holliúdy, em exibição na TV Globo). Quando uma fórmula secreta é roubada dos governos do Brasil, Argentina e Paraguai, o agente entra em ação e é aí que a aventura começa. Para isso, o ‘007 cearense’ contará com o apoio do agente secreto Paraguaio Romerito (Gustavo Falcão) e da argentina Micaela (Alana Ferri). No decorrer do longa, o trio se depara com a R.O.L.A, uma organização criminosa sul-americana liderada por Carola (Tóia Ferraz). Aí que a aventura começa.
As filmagens seguem até o dia 8 de junho. Já foram feitas gravações no Centro de Fortaleza, no estádio Arena Castelão, no Centro de Formação Olímpica, em Maracanaú, e no Pontal de Maceió, em Fortim, cidades cearenses. Outros pontos de Fortaleza devem se tornar set de filmagem.
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No elenco e por trás das câmeras, uma equipe afinada, dirigida por Halder Gomes, com a missão de gravar toda a história em apenas seis semanas. O tempo é curto para uma história de alta complexidade. Além das questões logísticas, orçamentárias e de locações, há um desafio maior: não se repetir.
“A gente cria novos universos, novas histórias, e é muito criativo com as que já viraram franquias. O principal de tudo, em relação a isso, é a gente conseguir estar sempre com o frescor e com a surpresa para o espectador” afirma o diretor cearense.
Preparação com aulas de luta
Os atores Alana Ferri e Edmilson Filho no Ceará, nas gravações do filme “C.I.C. – Central de Inteligência Cearense”
Instagram/Alana Ferri
A “Central de Inteligência Cearense” é um sonho antigo de Edmilson Filho, ator e idealizador do filme: “fazia um tempo que eu estava com essa ideia na cabeça de ter um herói nacional com essa coisa de agente secreto”. Edmilson apresentou o projeto e a Paris Filmes apostou na ideia. “Eles adoraram esse universo da espionagem com a nossa pegada cearense, a comédia e tudo mais. E daí vai ser o primeiro de um contrato de cinco filmes que eu tenho com a Paris Filmes”, revela o ator.
Por trás das câmeras, Edmilson Filho ajudou na preparação e coreografia do elenco com aulas de luta, para garantir que todas as cenas fossem feitas em segurança. Mas se engana quem pensa que, para ele, a rotina é fácil. “Eu tô com 46 anos. Não é mais aquele menino de 20, 30 que consegue fazer tudo. Tô aqui lascado. Aí você tá sempre se ajeitando pra poder render pra cena”, conta.
Além dos rostos já conhecidos pelos cearenses, a atriz Alana Ferri chega para somar à história. Conhecida por papéis em novelas globais, agora, Alana tem a missão de interpretar a personagem Micaela.
Esse preparo começou antes mesmo de saber o resultado do teste de elenco, quando se dedicou aos estudos da língua espanhola. “Eu comecei a aprender o sotaque argentino, assisti a horas e horas de séries e filmes argentinos para poder me familiarizar com o sotaque e, depois dessa espera, eu fui para a Argentina, fiquei uma semana lá mantendo contato com as pessoas”, afirma Alana.
O estudo foi para além do idioma. A atriz mudou toda a rotina e desembarcou no Ceará para as gravações. Para viver as cenas de ação, Alana Ferri tem se dedicado à musculação e a aulas de luta ministradas por Edmilson.
“Nos filmes de ação, a gente vê muito protagonismo masculino e a Micaela não é só a mocinha bonita do filme, não. A Micaela tem uma força, uma determinação, ela muda a história, entendeu. Realmente, ela tem uma força feminina que é a força que a gente tem e tá sendo mostrada. Então, eu fico muito feliz porque falta”, explica a atriz.
Continuidade do protagonista
Edmilson Filho nas gravações de “C.I.C – Central de Inteligência Cearense”, onde ele interpreta o agente secreto Karkará.
Arlan Elton e Gabriel Caetano
O agente Karkará deve ganhar outros desafios nos próximos anos. Edmilson espera que “daqui a 10 ou 15 anos o Karkará seja outro ator, como é o caso do 007. Essa é a minha ideia inicial e espero que se concretize. Que esse agente Karkará vire a cara do Brasil. Então, assim, hoje, no momento, é a gente fazer esse primeiro, ver a resposta do público e, em breve, a gente já estar desenvolvendo um roteiro para o segundo”.
Ainda não há data para C.I.C. chegar aos cinemas. Mas, se repetir o feito de produções cearenses anteriores como “Cine Holliúdy”, “Shaolin do Sertão” e “Bem-vinda a Quixeramobim”, mais uma vez o audiovisual do Ceará ganhará destaque.
Para Halder Gomes, “isso é muito bom porque os projetos vão dando cria e a gente vai mantendo esse fluxo da nossa indústria cearense produtiva, gerando trabalho, gerando conteúdo, exportando a nossa cultura”.
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