Pessoas tóxicas: Tribunal de Justiça do DF faz quiz para homens identificarem se são abusivos em suas relações

pessoas-toxicas:-tribunal-de-justica-do-df-faz-quiz-para-homens-identificarem-se-sao-abusivos-em-suas-relacoes

pessoas-toxicas:-tribunal-de-justica-do-df-faz-quiz-para-homens-identificarem-se-sao-abusivos-em-suas-relacoes


TJDF desenvolveu questionário para homens perceberem se são autores de situações violentas em relacionamentos. g1 reproduz quiz para você descobrir o que torna uma pessoa tóxica. Mulher sofre violência de companheiro.
Ricardo Wolffenbuttel/Secom
O entendimento da existência do machismo – que consiste em comportamento de dominação dos homens em relação às mulheres, por meio da opressão e da retirada de direitos – é um primeiro passo para a percepção de como a violência doméstica é fruto de uma cultura machista, e também para a interrupção do ciclo da violência.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp.
No Distrito Federal, o Tribunal de Justiça (TJDFT) fez um quiz com 20 perguntas para homens identificarem se têm comportamentos abusivos e violentos em suas relações. O g1 reproduz esse quiz e ainda reúne uma lista onde procurar ajuda para mudanças de atitude (veja abaixo).
Você respeita as mulheres?
Veja quais são os tipos de violência contra as mulheres previstos na Lei Maria da Penha
Violência psicológica: humilhações, insultos, perseguição, isolamento, controle, ameaça e outras atitudes que ferem a auto-estima e a autonomia da mulher
Violência moral: atitudes que geram constrangimento, como xingamentos, ofensas e comentários depreciativos, incluindo os crimes de calúnia, injúria e difamação
Violência patrimonial: controlar o dinheiro, destruir ou subtrair objetos, documentos pessoais, ocultar bens e propriedades em comum, dentre outros
Violência sexual: pressionar a fazer sexo contra a vontade da mulher, exigir práticas sexuais que ela não gosta, impedi-la de usar métodos contraceptivos, dentre outros
Violência física: empurrar, chutar, bater, amarrar, sufocar, dentre outras atitudes que ferem a integridade física da mulher
Como controlar a agressividade?
Em uma cartilha sobre violência contra a mulher, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) elaborou uma lista de sugestões de como favorecer uma convivência mais harmoniosa:
Que tal ouvir sua esposa com mais atenção? Esta escuta o ajudará a perceber que nem todos os desejos, sejam os seus ou os dela, são atendidos numa relação amorosa. Por meio do diálogo, vocês poderão tomar decisões conjuntas e chegar a acordos.
Que tal aprender a explicar o que sente sem culpabilizar a pessoa? Quando se diz com clareza o que não gosta, sem ofender, humilhar ou atacar, a outra pessoa consegue entender melhor a queixa e pensar soluções para o que foi falado. Concentrar-se na resolução do problema, entendendo outros pontos de vista e negociando uma solução, é mais relevante que acusar ou responsabilizar.
Que tal aprender a controlar a raiva? Ficar nervoso ou raivoso em demasia é extremamente ruim para a sua própria saúde, bem como para seu relacionamento com sua companheira e filhos (se houver). Portanto, é importante aprender a controlar e a lidar com as emoções, principalmente a raiva, de modo mais saudável. Não alimente discussão, crie estratégias para esfriar a cabeça antes de retomar uma discussão acalorada.
Que tal aprender a ser mais tolerante, a ter atitudes de mais respeito com relação às mulheres com quem você se relaciona? Não imponha os seus valores como os únicos válidos. É sempre bom avaliar seus erros e buscar repará-los consertá-los. Olhe para as mulheres com todas as suas características: trabalhadora, mãe, companheira, amiga. Isso trará diferença significativa a seus relacionamentos.
Onde procurar atendimento para mudança de atitudes?
Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS)
Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) é uma unidade pública de Assistência Social que atende as pessoas e famílias (crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, mulheres) que estão vivendo situações de violência ou violação de direitos.
👉 Confira locais e contatos para receber o atendimento neste link.
Núcleo de Atendimento às Famílias e aos Autores de Violência Doméstica (NAFAVD)
Os NAFAVDs oferecem acompanhamento psicossocial às famílias em situação de violência doméstica. Normalmente, as intervenções iniciam-se por meio de atendimentos individuais e prosseguem em grupos de discussão semanais, com cerca de 12 encontros temáticos. O acompanhamento é realizado ao longo de 4 a 5 meses.
👉 Veja neste link os locais de atendimento no DF.
Programas de Atenção à Violência (PAV) da Secretaria de Saúde
Programa da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal que tem como objetivo atender pessoas em situação de violência, numa abordagem biopsicossocial e interdisciplinar. Os PAVs, localizados nas regionais de saúde, oferecem atendimento especializado, realizado por equipe multiprofissional, as vítimas e aos autores de violência.
👉 Veja neste link mais informações sobre o CEPAV Alecrim, que atende autores de violência doméstica.
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)
Serviço de saúde aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à população, realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.
👉 Confira onde conseguir atendimento nos CAPS neste link.
LEIA TAMBÉM
Feminicídio foi crime que mais cresceu em 2023 no DF; veja como denunciar
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.