‘Alergia – O Corpo em Alerta’: imunoterapia pode ser solução para tratamento de reação alérgica

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Série do Fantástico explica o que uma pessoa que tem alergia deve fazer para voltar a comer alimentos que causam reação. O segundo episódio da série Alergia – O corpo em alerta – fala sobre alergia alimentar. Quais os tratamentos?
No segundo episódio da série “Alergia – O Corpo em Alerta” , do Fantástico, deste domingo (28), o doutor Drauzio Varella explica quais os sintomas da alergia alimentar, que podem causar reações gravíssimas e levar à morte, qual tratamento pode resolver o problema, e quais as diferenças entre alergia e intolerância.
Carolina Vidal Ferreira, mãe de Maria Julia, de 7 anos, mostrou o kit que prepara para a filha levar às festas. A menina tem alergia a leite e participou da festinha de aniversário de uma amiga na escola comendo a mesma coisa que seus colegas.
“Hoje tem festinha, então eu vim trazer o kit da Maria Julia igual dos amiguinhos. A gente combina com as mães sempre antes, a gente viu que ia ter bolo, brigadeiro, pão de queijo e aí eu vim trazer os da Maria sem leite, sem contaminação, com segurança”, detalha.
“A preocupação é a de promover a inclusão e não a exclusão disfarçada de inclusão. Às vezes, você exclui tentando incluir e a ideia é trazer igual para ela para que ela se sinta realmente parte do grupo”, completa.
Ariana Campos Yang, médica alergista do Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo (USP), explica o motivo de as alergias estarem mais presentes na época da infância.
“Como o sistema imune está em formação na criança é mais comum que a alergia alimentar surja na infância. E alergia alimentar está aumentando muito nas últimas duas décadas, sofrendo uma transformação, ficando mais frequente, mais grave. As alergias que antes saravam rapidamente, hoje em dia está persistindo, entrando na adolescência e idade adulta”, diz.
A alergia alimentar é causa de dores abdominais, vômitos, diarreia, coceira e manchas pelo corpo. Em casos graves, o paciente pode ter a anafilaxia.
“Na anafilaxia pode surgir um inchaço numa parte da laringe que dificulta a passagem do ar. Tem que correr para o hospital, mas nem sempre dá tempo de chegar. Nessa hora é fundamental ter à mão uma canetinha, em que você pressiona contra a coxa, aperta um botão e ele dispara uma dose de adrenalina que tira a pessoa da crise”, diz Varella.
“Infelizmente essas canetinhas custam caro e são importadas. Não tem cabimento o SUS [Sistema Único de Saúde] não colocar à disposição de quem tem alergias graves. Esses dispositivos salvam a vida das pessoas”, completa.
A adrenalina é um hormônio liberado sempre que o corpo é colocado em uma situação de estresse. Ela faz parte dos mecanismos de defesa do organismo. Na forma sintética, é o tratamento heroico dos sintomas de emergência de uma reação alérgica.
Felipe Proenço, diretor de Programa da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, falou sobre o perigo da falta da caneta como política de saúde.
“Drauzio, nós precisamos estudar essas condições. Não tem registro dessa medicação para utilização no Brasil e não tem a avaliação da possibilidade de incorporação dessa tecnologia. É necessário que sejam feitas essas avaliações”.
Qual o tratamento mais eficaz?
As crianças Giulia e Maria Julia, que participaram da reportagem, fazem imunoterapia no Hospital das Clínicas – também chamada de dessensibilização ou terapia alvo.
Ariana explica que a paciente toma doses baixas do alimento que lhe causa alergia. “Essa dose inicial é individualizada. Não tem uma dose que serve para todo mundo. É uma reeducação do sistema imune para ele aprender a ter contato sem reagir”, conta.
Intolerância x alergia
A pessoa tem que tem intolerância não digere a lactose, tem sintomas gastrointestinais e não corre risco de morte. Na alergia à proteína do leite de vaca, pode haver sintoma gastrointestinal, mas também urticária e anafilaxia.
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