Transtorno bipolar: podcast aDiversa desmistifica condição e fala sobre sinais ‘desconhecidos’

Eu sou bipolar diagnosticada. Me aliviou saber!”, declarou Rita Lee, que morreu em maio após uma batalha contra o câncer, ao revelar publicamente que tinha sido diagnosticada com transtorno bipolar.

A condição, que é marcada quase sempre pela alternância longa entre episódios de euforia e depressão, afeta cerca de seis milhões de brasileiros e 140 milhões de pessoas no mundo, segundo a ABTB (Associação Brasileira de Transtorno Bipolar).

Entretanto, o transtorno bipolar é comumente associado, inclusive de forma pejorativa, a diversos mitos psiquiátricos. O assunto é o tema do episódio do podcast aDiversa que vai ao ar nesta sexta-feira (19).

Transtorno bipolar é tema do episódio da aDiversa desta semana. – Foto: Divulgação/ND

A apresentadora Luciana Barros recebe para o bate-papo Natália Zampieri, psicóloga e especialista em terapia cognitiva comportamental, a jornalista e colunista do ND+ Rafaella Moraes, diagnosticada com transtorno bipolar, e Daniel Hugen, editor-chefe do Balanço Geral da NDTV.

Reconhecendo o transtorno bipolar

Rafaella Moraes conta que foi diagnosticada com aos 16 anos. Entretanto, o processo até o reconhecimento da condição foi um caminho penoso para ela e a família.

“Acreditam que eu nasci com o transtorno de bipolaridade porque eu já tinha comportamentos que demonstravam isso na infância. Até que na minha adolescência ficou insustentável. As pessoas não conseguiam conviver mais. Hoje estou estabilizada, sem crises, mas elas podem durar meses”, explica.

Segundo a psicóloga comportamental, o transtorno bipolar é marcado pela alternância entre episódios de mania (euforia) e depressivos (tristeza profunda).

“Na mania a pessoa sente que tem uma energia infinita. Isso pode ser genético ou pode ser despertado por alguma situação que a pessoa tenha vivenciado”, explica Natália.

Saindo do senso comum

Daniel Hugen comenta a relevância de se reconhecer os transtornos psiquiátricos para que o senso comum não os banalize, tampouco os encare de forma pejorativa.

“As pessoas adoram dizer que elas têm transtorno de ansiedade, que são bipolares porque acordam de manhã de mau humor e às 10h estão felizes. São muitas características que as pessoa querem dizer que têm.  É muito importante que a gente esclareça as coisas”, reforça.

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