Além de ônibus elétricos, Curitiba vai testar táxis e lança edital para taxistas interessados

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Inscrições até sexta-feira (19); Veículos serão alugados e Urbs ficará responsável pela estrutura e os custos da recarga

ADAMO BAZANI

Após iniciar testes com ônibus elétricos e anunciar a compra de 70 coletivos com esta forma de tração por meio de recursos públicos, a cidade de Curitiba dará início a um programa de eletrificação de frota de táxis.

A Urbs (Urbanização de Curitiba S.A.), que gerencia os transportes públicos, lançou um edital de chamamento para os taxistas interessados em participar dos testes de táxis elétricos na cidade.

As inscrições vão até sexta-feira, 19 de maio de 2023, e o sorteio vai ocorrer no dia 26, às 13h na sede da Urbs (Avenida Presidente Affonso Camargo, 330, Jardim Botânico).

Os testes vão durar aproximadamente seis meses e a ideia inicial é sortear seis taxistas inscritos. A tarifa cobrada dos passageiros será a mesma da praticada nos táxis convencionais.

Cada veículo terá a cor laranja característica dos modelos da cidade, com a diferença que poderá ser identificado pela cor branca na capota e ainda a inscrição 100% elétrico.

Os táxis, do modelo Zoe, fabricados pela montadora Renault, vão ser alugados pelos taxistas participantes. Estes veículos serão adquiridos pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) com gestão da Mobilize Beyond Automotive, também ligada ao grupo Renault.

A Urbs, por sua vez, vai ficar responsável pela estrutura e pelos custos da recarga dos veículos.

Por meio de nota, o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, disse que os taxistas serão isentos de pagamentos de taxas e outorgas cobradas dos veículos comuns.

“É mais uma inovação de Curitiba, que reforça o compromisso com a redução da emissão de gases de efeito estufa. Para isso, os taxistas terão vantagens, não vão precisar pagar taxas de outorga, terão a recarga gratuita e ainda serão isentos de pagamento do Estacionamento Regulamentado (EstaR)”

Osa resultados dos testes devem servir para a definição dos modelos e tipos de veículos que devem integrar a frota municipal.

Curitiba quer que todos os veículos de transportes públicos, seja ônibus ou táxis, não emitam gases poluentes em 2050, com a renovação gradativa da frota até esta data.

Na nota, a administração municipal diz ainda que a autonomia das baterias dos carros pode chegar a 400 km com uma única carga, dependendo das condições de uso e trajetos.

Ainda segundo a prefeitura, os gastos com manutenção destes veículos são menores e a economia em relação ao abastecimento nos postos pode chegar a 25%.

As baterias possuem autonomia que vão de 150 km a 400 km, dependendo do modelo e da utilização do usuário. Além da vantagem de possuir um motor não poluente, existem outras a ser consideradas na utilização de um carro elétrico. Uma delas é que a manutenção do carro é muito baixa, uma vez que o motor não precisa de vários equipamentos usados pelo motor a combustão, como velas, mangueiras, troca de óleo, água do motor, injeção e escapamento, por exemplo. O custo da recarga elétrica também se mostra muito mais econômico que o de abastecimento de combustível. Em uma grande cidade, um veículo chega a gastar com recarga elétrica, em reais, apenas 25% do custo de abastecimento em postos de combustível, considerando a mesma quilometragem percorrida por ambos os automóveis.

ÔNIBUS ELÉTRICOS:

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, anunciou em 26 de abril de 2023, a compra pelo município de 70 ônibus elétricos.

A estimativa é de que os veículos custem R$ 200 milhões ao município e a aquisição será uma espécie de contrapartida da cidade ao auxílio internacional do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para a eletrificação e revitalização do eixo Interbairros II, que deve atender a 38 bairros da capital paranaense e ter 28 km de extensão. As obras estão em andamento.

O primeiro comunicado foi feito no Fórum de Prefeitos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) 2023, em Denver, Colorado (EUA), como mostrou o Diário do Transporte.

Relembre:

ÁUDIO: Prefeitura de Curitiba vai comprar 70 ônibus elétricos com recursos públicos por R$ 200 milhões

No dia 11 de maio de 2023, Greca deu mais detalhes sobre a aquisição e testes com ônibus elétricos.

Os primeiros veículos, segundo o prefeito, devem operar a partir de junho de 2024.

Do total de ônibus a serem adquiridos, 28 serão articulados e 42 modelos Padron. A primeira linha a receber os modelos será a Interbairros II. O projeto contempla ainda a utilização de veículos zero emissões no novo Inter 2 e no BRT Leste/Oeste.

Até 2030, 33% da frota de ônibus de Curitiba deverá operar com emissão zero; alcançando 100% até 2050, como parte do Plano de Ação Climática (PlanClima).

O presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto destacou que o custo da compra dos ônibus elétricos anunciada nesta quinta-feira (11) não terá impacto imediato na tarifa.

“Os primeiros elétricos devem entrar em operação em meados do próximo ano, então não teremos impacto na tarifa até o fim de 2024. Apesar de ter maior custo de aquisição, o veículo elétrico tem menor custo de manutenção e uma vida útil entre 16 e 18 anos, contra dez anos dos modelos a combustão.”

Ogeny disse que a cidade estuda qual o melhor modelo operacional para a eletrificação da frota, entretanto, o mais provável é que haja uma participação conjunta de recursos públicos e de recursos privados para aquisição e operação dos ônibus. Já o fornecimento da energia e da infraestrutura de recarga deve ser um negócio separado.

“Podemos ter um modelo privado, público, híbrido, com a participação pública e privada, ou ainda com o abastecimento separado. Estamos avaliando todas as possibilidades para escolhermos a melhor opção para Curitiba. Com a compra dos veículos, o município vai preparar a infraestrutura de apoio, com a implantação de melhorias viárias, requalificação de ruas, estações-tubo e pontos de recarga nas garagens das empresas de ônibus e em áreas públicas da capital”

As declarações foram feitas no Workshop Modelos de Negócio para Eletromobilidade, evento realizado nesta quinta-feira (11), com continuação nesta sexta-feira (12), organizado pela Prefeitura de Curitiba em parceria com as organizações WRI Brasil e C40 Cities.

MAIS UM ÔNIBUS ELÉTRICO PARA TESTES:

Como já havia mostrado o Diário do Transporte, cidade de Curitiba recebe mais um modelo de ônibus elétrico no âmbito do programa de transição das frotas de ônibus movidos a diesel para energias renováveis que está sendo coordenado pela prefeitura.

Segundo a prefeitura, o veículo entra em operação nos próximos dias, com condições de transportar passageiros.

O modelo apresentado em 11 de maio de 2o23 tem tecnologia nacional.

O veículo possui 12,1m com sistema de tração/eletrificação e-Bus Eletra, chassis Mercedes-Benz, carroceria Caio EMillennium e motor elétrico e baterias WEG.

A tecnologia é desenvolvida em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

De acordo com a fabricante Eletra, o ônibus elétrico deverá atender as Linhas Inter 2 e Interbairros II da capital paranaense. A operação será feita pela Auto Viação Redentor, sob supervisão da Urbs, órgão gestor do transporte público municipal.

O veículo tem piso baixo, ar condicionado, wi-fi e capacidade para 70 passageiros, com emissão zero de poluentes e baixíssimo nível de ruído.

A autonomia chega a 250 km, sem necessidade de recarga das baterias, e velocidade máxima de 60 km/h.
Um de seus equipamentos de bordo é o INbus, que permite visualizar a lotação em tempo real.

Além do ônibus de 12.1m, a Eletra diz que tem modelos de 10m (Midi), 12.5m, 12,8m (Padron), 15m e 21,5m (Articulado), além do e-Trol (veículo desenhado especialmente para operação em corredores exclusivos – BRT).

Todos foram desenvolvidos em parcerias com empresas brasileiras de transporte público, como Caio (carrocerias), WEG (baterias, motores elétricos e inversores), Mercedes-Benz e Scania (chassis).

“São modelos concebidos para operar em diferentes ambientes urbanos, em qualquer cidade brasileira ou latino-americana Curitiba experimentará a melhor tecnologia de tração elétrica para transporte público da América Latina, desenvolvida pela Eletra ao longo de 20 anos de inovação”. – diz a presidente da Eletra Milena Romano, por meio de nota.

Ônibus elétricos semelhantes, com a tecnologia e-Bus Eletra, já circulam desde o ano passado em capitais como Salvador, Vitória e São Paulo.

TESTES COM DIFERENTES MARCAS:

Os testes em Curitiba ocorrem com diferentes marcas de ônibus elétricos como parte de um edital de chamamento público para o projeto de eletromobilidade na cidade. No total, oito veículos destas empresas serão testados até outubro de 2023.

Até agora, foram cadastradas seis empresas. Além da BYD; farão parte das avaliações, Eletra, Volvo, Mercedes-Benz, Higer e Marcopolo (que tem um modelo elétrico próprio).

O primeiro veículo em avalição foi um ônibus articulado produzido pela chinesa BYD na planta de Campinas (SP) com carroceria Marcopolo, feita em Caixas do Sul (RS). A circulação teve início em 28 de abril de 2023.

A gestão municipal informou que os resultados dos testes servirão de base para a elaboração do edital de compra dos primeiros ônibus elétricos que farão parte da frota municipal de ônibus, em 2024. Os ônibus elétricos vão trafegar nas linhas Inter II, Interbairros 2 e Eixo Leste Oeste, que transportam cerca de 370 mil pessoas por dia.

No médio prazo, a prefeitura prevê que até 2030, 33% da frota de ônibus de Curitiba deverá operar com emissão zero; alcançando 100% até 2050, como parte do Plano de Ação Climática (PlanClima), alinhado às ações globais de sustentabilidade.

SÃO PAULO:

A cidade de São Paulo é a que promete a maior frota de ônibus elétricos no Brasil em curto prazo: cerca de 2,6 mil unidades até o fim de 2024.

Em 06 de janeiro de 2023, foram publicados no Diário Oficial da cidade de São Paulo os aditamentos aos contratos firmados entre a prefeitura e as viações já com essa nova obrigação.

Relembre:

Empresas de ônibus de São Paulo terão de apresentar cronograma de compra de modelos menos poluentes até 28 de fevereiro

Em 24 de fevereiro de 2023, o superintendente de Engenharia Veicular e Mobilidade Especial da SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora do sistema, Simão Saura Neto, disse que as empresas de ônibus da cidade de São Paulo encomendaram até então, 2152 coletivos elétricos para o sistema municipal de linhas.

Segundo o técnico, deste total, 1480 unidades estão previstas para ser entregues ainda neste ano de 2023, mas o mercado teme ainda a falta de insumos e semicondutores na indústria automotiva em todo o mundo.

Entre estes modelos estão veículos do tipo padron, articulado e superaticulado.

O número é inferior à meta de 2,6 mil ônibus elétricos operando até o fim de 2024 como meta anunciada pela prefeitura, mas novas unidades ainda podem ser encomendadas.

Relembre:

EM PRIMEIRA MÃO: Empresas de ônibus da cidade de São Paulo encomendaram 2152 coletivos elétricos, diz SPTrans

No dia 30 de dezembro de 2022, a SPTrans havia divulgado que empresas de ônibus que atendem a cidade de São Paulo já tinham encomendado 1109 coletivos elétricos a bateria.

Como mostrou o Diário do Transporte, desde 17 de outubro de 2022, por meio de uma circular, a SPTrans proibiu a inclusão de ônibus a diesel no sistema, com exceção de micro-ônibus, pouco disponíveis nesta versão.

Relembre:

Empresas de ônibus já encomendaram 1109 coletivos elétricos, diz SPTrans para a capital paulista

A empresa de transportes urbanos que atua na zona Sul da capital paulista, Transwolff, anunciou nesta quinta-feira, 12 de janeiro de 2023, que vai comprar 304 ônibus elétricos no âmbito de uma parceria com a Enel X.

O anúncio foi feito em primeira mão ao Diário do Transporte por volta de 13h00 desta quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Deste total, 100 vão operar neste ano de 2023 (Veja no link detalhes dos veículos)

Segundo a companhia de transporte, é o primeiro resultado da parceria que tinha sido anunciada pelo prefeito Ricardo Nunes no dia 08 de novembro de 2022.

Relembre:

EM PRIMEIRA MÃO: Em parceria com a Enel X, Transwolff anuncia compra de 304 ônibus elétricos para linhas da zona Sul de São Paulo

Como mostrou o Diário do Transporte na ocasião, a multinacional já participou da implantação de frota de ônibus elétricos em outras cidades da América Latina, como no Chile.

Relembre:

OUÇA: Prefeitura de São Paulo anuncia financiamento para ônibus elétricos na capital paulista por parceria com a Enel; Meta de troca custará R$ 8 bilhões

O Diário do Transporte, em 2018, havia que a Enel X já demonstrava na ocasião interesse em replicar no Brasil modelo semelhante ao chileno de financiamento.

OUÇA: Prefeitura de São Paulo anuncia financiamento para ônibus elétricos na capital paulista por parceria com a Enel; Meta de troca custará R$ 8 bilhões

CORREDORES:

Como mostrou o Diário do Transporte, em 05 de novembro de 2021, durante anúncio de parceria do Estado de São Paulo e da Prefeitura em investimentos em mobilidade, o prefeito Ricardo Nunes e o então governador João Doria disseram que os novos corredores de ônibus da cidade serão servidos apenas por modelos elétricos.

Relembre:

OUÇA: Novos corredores de ônibus de São Paulo serão operados com ônibus elétricos, diz Doria

O Plano de Mobilidade Urbana da Cidade prevê 27 obras que totalizam mais de R$ 5,5 bilhões, entre a implantação de 11 novos corredores de ônibus, o que representa mais de 95 km de novas vias, 30 km de requalificação de corredores já existentes, além da construção de quatro novos terminais.

Relembre:

Prefeitura de São Paulo anuncia BRTs e corredores de ônibus dentro de pacote de mobilidade que soma R$ 5,5 bilhões

CENÁRIO DA INDÚSTRIA (nacional e de outros países):

Apesar de os veículos elétricos também serem impactados pela falta de insumos e equipamentos, como também ocorre com automóveis a combustão, a demanda pelos modelos não poluentes tem aumentado.

No Brasil, já existem opções de produtos em plena atividade, algumas que apresentarão modelos e outras que estão se estabelecendo (por ordem alfabética):

BYD: Indústria de origem chinesa, com planta em Campinas (SP), que fabrica ônibus elétricos de diversos portes: micros, padrons e articulados, além de rodoviários, produzindo as baterias, tecnologia e chassis. Está entre as maiores produtoras mundiais na área de mobilidade elétrica e produz também no Brasil placas de energia solar. Existem diversas cidades que operam com ônibus BYD no Brasil, inclusive São Paulo.

CaetanoBus: A empresa portuguesa CaetanoBus trouxe para testes no sistema de transportes da cidade de São Paulo o chassi e.CC 100 C5845 E.E, 100% elétrico. O modelo recebeu carroceria Caio, de produção brasileira. O e.CC 100 pode ser receber carrocerias de comprimento mínimo de 9.5 metros e máximo de 12.7metros.

Eletra: Indústria 100% nacional, do Grupo ABC/Next Mobilidade, com planta em São Bernardo do Campo (SP). A empresa foi inaugurada oficialmente no dia 22 de agosto de 2000. Faz toda a integração e tecnologia para ônibus elétricos à bateria, trólebus, híbridos (motores elétricos e à combustão no mesmo veículo), Dual Bus (mais de um tipo de tração elétrica em mesmo ônibus, por exemplo: trólebus+baterias ou baterias+híbridos). Não produz os chassis e baterias. O BRT-ABC, entre São Bernardo do Campo e São Paulo, é uma concessão à Next Mobilidade terá ônibus 100% elétricos de 22 metros cada com tecnologia Eletra, chassis Mercedes-Benz e carroceria Caio. A Eletra anunciou em2022 cinco tipos de ônibus elétricos para carrocerias com 10 m, 12,5 m, 12, 8 m ,15 m e 21,5 m. Ainda em 2022, para o BRT-ABC, a Eletra anunciou também o E-Troll, um veículo de 21,5 metros, com chassi Mercedes-Benz, que em parte do trajeto vai operar como trolébus e em outra parte, como ônibus elétrico a bateria. De acordo com presidente da Eletra, Milena Braga Romano, o corredor terá trechos com rede aérea como a dos trolébus. Enquanto estiver operando nesses trechos, o veículo carrega as baterias. Nos trechos sem a rede aérea, o funcionamento é com o banco de baterias já carregado.

Segundo a diretora comercial da Eletra, Ieda Oliveira, entre as vantagens é que não haverá necessidade de carregamento dos ônibus nas garagens, dispensando as caras estruturas de recarga.

Higer: Empresa de origem chinesa que apresentou um modelo elétrico de ônibus padron em novembro de 2022 na capital paulista. O modelo de 12 metros de comprimento está sendo testado e passou por cidades como São Paulo, Rio de Janeiros, Curitiba e São José dos Campos. Diz que trará ao Brasil também vans, ônibus articulados elétricos. Apresentou também um ônibus de fretamento com baterias. Os modelos são monoblocos (chassi, motores e carroceria formando um bloco só).

Marcopolo: Tradicional fabricante de carrocerias de Caxias do Sul (RS), testou em parceria com a empresa Suzantur, operadora de transportes de Santo André (SP), um ônibus 100% elétrico, projeto integral da Marcopolo. O modelo é padron com piso baixo. O veículo circulou sem passageiros entre o Terminal Vila Luzita (bairro populoso de Santo André) e o terminal principal da cidade no centro (Terminal Santo André Oeste). Já homologado, o modelo está sendo comercializado.

Mercedes-Benz: A gigante alemã lançou em 25 de agosto de 2021 o chassi de ônibus elétricos eO500U, de piso baixo, para carrocerias de até 13,2 metros, justamente os padrões de São Paulo. O modelo será produzido em São Bernardo do Campo (SP) e em 2023 já serão vistas as primeiras unidades. A capital paulista é o maior mercado previsto, mas outras cidades devem ter o modelo.  A empresa planeja lançar em breve ônibus articulados e superarticulados.

Volvo: A gigante sueca produz em Curitiba (PR) um modelo de ônibus elétrico híbrido. O ônibus tem um motor a combustão, que gera energia, e o elétrico que atua na maior parte da tração. A tecnologia é híbrida paralela, quando o ônibus está parado, freia e até 20 km/h a atuação é do motor elétrico. A partir de 20 km/h, entra em operação o motor a combustão. Há unidades em circulação em Curitiba, Foz do Iguaçu e Santo André (Suzantur), por exemplo. Em agosto de 2022, a Volvo apresentou seu primeiro chassi de ônibus totalmente elétrico para exibição no Brasil, o BZL. Com zero emissões, o Volvo BZL pode ser equipado com 3 a 5 baterias de lítio níquel cobalto óxido de alumínio (NCA) de 94kWh cada, dependendo da aplicação a que for destinado. Em primeira mão para o Diário do Transporte, em 16 de fevereiro de 2023, o diretor operações de ônibus na América Latina montadora, André Marques, disse que o modelo 100% elétrico da marca será testado na capital paulista no segundo semestre. O modelo de chassi será o BZL, chassis elétricos para veículos de até 13,2 metros de comprimento.

Scania: Não descarta a produção própria de elétricos, mas investe na tecnologia de ônibus a gás natural e biometano. Em 2023, foram intensificados testes pela Eletra Industrial de sua tecnologia para ônibus elétrico num chassi Scania de três eixos para carrocerias de até 15 metros de comprimento.

Volkswagen: Em 2018, a Volkswagen apresentou um modelo de médio porte elétrico, o e-Flex com um sistema pode aliar diferentes formas de recarga e abastecimento para ônibus elétricos. Um pequeno motor à combustão gera energia para o elétrico, sendo um propulsor 1.4 turbinado flex de 150 cv de potência. Em novembro de 2018, a montadora prometeu que o modelo já estaria nas ruas em seis meses, o que não aconteceu. Um ano antes, em 2017, a Volkswagen anunciou que a partir do chassi do caminhão 100% elétrico e-Delivery, desenvolveria um micro-ônibus de 11 toneladas elétrico, o que ainda não se concretizou.

Iveco: Em agosto de 2022, a Iveco apresentou um modelo a gás natural/biometano, o 17.210G, para carrocerias de até 12 metros. O ônibus possui seis cilindros a gás, 80 litros cada um, que oferece autonomia de 250 quilômetros. Foi mostrado, mas não para o mercado nacional, apenas como conceito, ônibus elétrico Iveco E WAY, de 20 toneladas.

O modelo, é um monobloco de 12 metros, piso baixo total, com oito packs de bateria. A autonomia é de 300 quilômetros, aproximadamente.

O elétrico não será comercializado, inicialmente, no Brasil e a Iveco pretende oferecer para o mercado brasileiro chassi elétrico para encarroçamento de fabricantes locais.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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