Polícia reconstitui morte de engenheiro que comprou carro furtado sem saber e morreu ao tirar satisfação com vendedor em Ribeirão Preto, SP

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Segundo a investigação, César Henrique Rinhel foi morto com dois tiros no tórax em oficina na zona Norte. Corpo dele foi localizado em canavial próximo a Serrana, SP. Dois homens estão presos. Polícia reconstitui morte de engenheiro de Batatais, SP
A Polícia Civil trabalha nesta sexta-feira (26) na reconstituição da morte do engenheiro César Henrique Rinhel, de 50 anos, em Ribeirão Preto (SP). Segundo a polícia, a vítima, que era moradora de Batatais (SP), morreu baleada em dezembro de 2023 e foi enterrada em um canavial na zona rural de Serrana (SP).
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O motivo do homicídio seria uma briga por causa da compra de uma caminhonete produto de crime pelo engenheiro. Segundo a investigação, ele desconhecia a origem do veículo. Quando foi morto, Rinhel tinha ido a uma oficina mecânica em Ribeirão Preto para tirar satisfação com o homem que vendeu o automóvel a ele.
Até o momento, dois homens foram presos. A polícia ainda investiga a participação de outras duas pessoas na ocultação do cadáver.
Nesta sexta-feira, a Polícia Científica utiliza técnicas de reprodução que incluem um drone e equipamentos para mapeamento 3D, para apontar com exatidão o que aconteceu no assassinato.
“O objetivo é fazer o mapeamento da dinâmica dos fatos de acordo com tudo que foi apurado na investigação. Nós temos quatro pessoas envolvidas identificadas, dentre elas, dois estão presos. Queremos entender quem participou de cada coisa, da ocultação de cadáver, da morte do engenheiro, entre tantas outras coisas que precisamos para individualizar as condutas e responsabilizar todos”, afirma o delegado Rodolfo Latif Sebba.
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O engenheiro César Henrique Rinhel, de 50 anos, foi morto a tiros em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
Vítima de golpe e homicídio
Segundo a investigação, o engenheiro César Henrique Rinhel foi preso em Ribeirão Preto no ano passado após ser abordado pela polícia, que constatou que ele dirigia uma caminhonete produto de furto e que estava com as características adulteradas.
Rinhel alegou que desconhecia o crime contra o veículo. Após passar por audiência de custódia, ele pagou fiança e foi liberado.
No dia 14 de dezembro, Rinhel viajou de Batatais até Ribeirão Preto para acompanhar um amigo em um tratamento médico na Santa Casa. Após deixá-lo no hospital, o engenheiro seguiu no carro do amigo até uma oficina na Rua Sergipe, no bairro Campos Elíseos, onde teria adquirido a caminhonete.
Presos pela morte do engenheiro César Henrique Rinhel participam da reconstituição do crime em Ribeirão Preto, SP
Serginho Oliveira/EPTV
No local, segundo a investigação, ele teria confrontado o homem que vendeu a caminhonete e acabou sendo baleado no tórax duas vezes. Rinhel foi colocado no porta-malas do carro do amigo e levado até o canavial em Serrana, onde foi enterrado.
Cova rasa em canavial
Segundo o boletim de ocorrência, no momento em que o corpo era enterrado na plantação, funcionários da usina dona do canavial faziam uma pulverização, notaram uma movimentação suspeita e acionaram os seguranças.
Na chegada dos seguranças, os suspeitos já tinham deixado o local no carro. A polícia foi chamada porque havia uma cova rasa no local e encontrou o corpo do engenheiro.
O carro do amigo de Rinhel foi localizado no dia seguinte ao desaparecimento dele em Paracatu (MG), a 550 quilômetros de Ribeirão Preto.
Reconstituição da morte do engenheiro César Henrique Rinhel em Ribeirão Preto, SP
Serginho Oliveira/EPTV
Legítima defesa
No dia 22 de dezembro, a polícia prendeu Sullyvan Mike Tavares de Sousa e Hugo César Silva Dias por suspeita de envolvimento na morte do engenheiro.
Nesta sexta-feira, o advogado deles, Cassiano Figueiredo, disse que Hugo agiu em legítima defesa.
“O César também ameaçou o Hugo. Isso está provado na investigação a partir de vários depoimentos. No dia dos fatos, César veio e aparentava estar armado e estava armado, segundo a versão de Hugo. Com isso, Hugo efetuou dois únicos disparos que atingiram o César.”
Os outros dois suspeitos de ocultação de cadáver também foram intimados e participam da reconstituição.
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