Helicóptero reforça buscas aéreas por menino indígena desaparecido há seis dias

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Aeronave da Polícia Militar de Mato Grosso chegou na Ilha do Bananal nesta sexta-feira (26). Cerca de 50 pessoas estão envolvidas nas buscas, entre militares e indígenas. Equipe recebeu o reforço de um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAer) de Mato Grosso
Divulgação/Ciopaer-MT
Um helicóptero da Polícia Militar de Mato Grosso (MT) passa a integrar a equipe de buscaBruno Iriwana Karajá, de 11 anos nesta sexta-feira (26). O menino indígena desapareceu de uma aldeia na Ilha do Bananal no último domingo (21).
A aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAer) saiu de Cuiabá (MT) na quinta-feira (25), mas não conseguiu chegar à aldeia por causa das más condições climáticas. O helicóptero pernoitou em Confresa (MT), a quase 200 km da Ilha do Bananal, e seguiu viagem nesta manhã.
Bombeiros e indígenas continuam buscas por criança na Ilha do Bananal
Divulgação/Corpo de Bombeiros
A região onde o menino desapareceu fica entre os municípios de Santa Terezinha (MT) e Pium (TO), numa área de divisa entre os dois estados. Além das dificuldades de acesso na mata fechada, a chuva tem dificultado o uso de drones termais e a previsão é de mais água nos próximos dias.
Conforme os bombeiros, o caminhão-tanque com carregamento de combustível para o helicóptero saiu de Palmas, também na quinta-feira (25), e está a caminho da aldeia.
Helicóptero sobrevoa rio em busca de menino que desapareceu em aldeia indígena
Divulgação/Ciopaer-MT
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Equipe integrada
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Desde segunda-feira (22), o Grupo de Resgate dos Bombeiros e o Grupamento de Operações Aéreas da Polícia Militar (Graer) do Tocantins estão na região se organizando em enquipes de buscas.
Segundo os bombeiros, a equipe teve ajuda de moradores da aldeia Wutaria, e logo foram encontradas pegadas que possivelmente seriam da criança desaparecida. Os rastros foram seguidos, mas a equipe não localizou o menino.
Na quarta-feira (24), três bombeiros militares do Mato Grosso, dois cães farejadores e três agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) se juntaram às equipes do Tocantins na força-tarefa. Atualmente, cerca de 50 pessoas estão envolvidas nas buscas, entre militares e indígenas.
Equipamentos
Para ajudar os militares a mapearem a mata, seis drones estão sendo usados pelas equipes. Quatro deles possuem sensor termal, ou seja, podem identificar a presença de pessoas na mata.
As buscas terrestres ocorrem na região das aldeias Macaúba e Wutaria, onde mais vestígios foram encontrados.
Drones fazem buscas pela área onde menino foi visto pela última vez
Divulgação
Visto duas vezes
Os bombeiros informaram que nesses seis dias, Bruno teria sido visto em duas ocasiões. Ainda no domingo (21), um vaqueiro teria visto o menino a cerca de 15 km da aldeia Macaúba. Mas como ele não sabia sobre o desaparecimento, ele não tentou abordar o menino.
Na quarta-feira, um cacique de uma das aldeias da região afirmou ter visto a criança. Mas quando chegou perto, o menino teria corrido. Os militares fizeram uma varredura no local indicado, mas ele não foi mais visto.
Indígenas acompanham trabalho dos bombeiros
Divulgação
Quatro cães que estavam junto com o menino voltaram para a aldeia nos dias seguintes ao desaparecimento, segundo informou o o cacique Rodrigo Karajá.
“O último cachorro que estava com ele apareceu hoje [quarta-feira] de manhã cedo. É muito preocupante… Muita preocupação, muita tristeza. Nós estamos perdendo a esperança de encontrar [o menino], mas com fé em Deus vai dar tudo certo”, diz o cacique.
Pegadas e chuva
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As principais pistas que ajudam as equipes a traçarem uma área de buscas são as pegadas deixadas pela criança. Mas elas podem ser ameaçadas, já que chove muito na região.
Na segunda-feira, as marcas indicavam que o menino havia entrado em mata fechada.A chuva tem dificultado os trabalhos, principalmente o uso de drones, afirmou a corporação. A previsão é de mais tempo fechado na região.
Por água, os indígenas estão percorrendo os rios da região usando canoas, na tentativa de ter pistas do garoto. Incansáveis, eles ainda acompanham os militares de madrugada, na tentativa de encontrar Bruno a salvo.
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