Teste rápido da covid-19 detecta a variante JN.1?

Teste rápido da covid-19 detecta a variante JN.1?Fidel Forato

Por causa das inúmeras mutações que o vírus da covid-19 acumula desde a sua descoberta e a atual predominância da variante JN.1, vale se perguntar se o teste rápido ainda pode detectar infecções provocadas pelas novas cepas. Segundo especialistas, o método de testagem ainda é eficaz.

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Até o momento, nenhuma evidência sugere que os testes rápidos da covid-19, também conhecidos como testes de fluxo lateral (LFTs), testes de antígenos (anticorpos), autotestes da covid-19 ou testes caseiros, deixaram de funcionar. Isso porque, embora o coronavírus SARS-CoV-2 tenha sofrido mutações, a parte analisada por estes exames é considerada mais estável.

No entanto, vale destacar que, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o teste rápido para a covid-19 só deve ser usado para a triagem. Em outras palavras, o diagnóstico oficial da doença só é feito a partir do PCR, que continua sendo o padrão-ouro, mesmo com a ascensão da variante JN.1.

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Teste rápido funciona para JN.1

Na maioria das vezes, as mutações observadas no vírus da covid-19 se concentram na proteína S (Spike), localizada na membrana viral. É através dela que o coronavírus consegue invadir as células saudáveis de um organismo. Por isso, algumas cepas têm maior capacidade de se proliferar do que outras.

No caso dos teste caseiro, a análise envolve outra proteína do coronavírus conhecida como nucleocapsídeo, a proteína N. Estas sofrem mutações de forma muita mais lenta, permitindo que esses exames consigam detectar diferentes tipos de cepas, incluindo a JN.1.

“Há sempre esse medo de que teremos alguma mutação que fará com que os testes não funcionem, mas, até agora, esse não é o caso”, afirma Susan Butler-Wu, médica patologista e pesquisadora da Universidade do Sul da Califórnia (USC) para a NBC News .

Quando fazer o teste da covid?

Embora os testes rápidos da covid-19 continuem a funcionar para detectar a variante JN.1, é preciso saber o momento mais propício para testar. Afinal, testar muito cedo ou tarde demais vai resultar em resultados falsos.

No caso do teste caseiro, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, orienta que pessoas que entraram em contato com indivíduos infectados, mas estão sem sintomas para a covid-19, façam o teste após 5 dias do ocorrido.

Em caso de sintomas da infecção, o teste já pode ser feito no mesmo momento. Em ambos os casos, se o resultado for negativo, é importante confirmar o status em um segundo exame, feito 48 horas depois. Outra possibilidade é checar através de um PCR. Durante esse período de incerteza, o ideal é usar máscaras, o que evita uma possível transmissão.

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