RS e-tron: energia sem tamanho

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RS e-tron: energia sem tamanhoEduardo Rocha
Um RS de tomada
Superesportivo elétrico da Audi é um sedã com conforto, potência e autonomia de sobra

por Alexandre Constantino

Autocosmos.com/México

Exclusivo no Brasil para Auto Press

A Audi usa a sigla RS para identificar a versão mais extremo de sua linha. O significado Rennsport é a palavra alemã para Racing, ou corrida de automóveis, e está sendo aplicada ao sedã esportivo 100% elétrico e-tron GT. Esta versão, testada no México, é a única do modelo comercializada no Brasil, por nada menos que R$ 1.104.990, sem opcionais. Além do preço estratosférico, o sedã esportivo é exuberante em vários aspectos: no requinte, na potência e até no design.

Historicamente, a indústria alemã sempre foi inovadora e até criava projetos extravagantes, mas claramente funcionais. Tanto que até alguns anos atrás nunca tinham sido reconhecidos por criar carros bonitos, por sempre seguirem a lógica de a forma obedecer à função. Ou seja: sem fantasias. A Audi foi uma das primeiras a ousar quebrar essa regra e, há várias décadas, nos dá designs realmente bonitos, como a primeira geração do TT ou o R8. E as linhas do RS e-tron GT conseguem capturar um pouco do melhor do design da Audi, mesmo estando aprisionado pelos parâmetros do desenho do modelo original, o Porsche Taycan. Ou seja: a personalidade da marca das quatro argolas teve de se limitar à frente e à traseira.

As medidas do sedã elétrico da Audi são generosas. Ele tem 4,99 metros de comprimento, 1,96 m de largura e 1,40 m de altura, com um entre-eixos de 2,90 m. O modelo pesa nada menos que 2.347 kg e é animado por dois motores elétricos, um montado em cada eixo para gerar a famosa tração quattro. A coisa interessante e altamente proposital sobre o RS é que ele tem uma transmissão de duas velocidades no eixo traseiro – recurso trazido do Taycan, entre diversos outros.

E como no sedã da Porsche, esses propulsores são alimentados por uma bateria de íon de lítio, composta por 33 módulos com 393 células com capacidade de 85 kWh, em um sistema elétrico de 800 volts com um sistema de recuperação de energia de frenagem de até 265 kW. A autonomia pode ser de até 487 km com uma única carga, mas deve-se levar em conta que pode variar de acordo com os hábitos de condução. Para a recarga, o modelo aceita supercarregadores de até 270 kW, situação em que leva 45 minutos para preencher totalmente a bateria. Em uma tomada de 22 kW, leva 8 horas para recuperar toda a carga.

Como o RS e-tron GT é basicamente um rebadge do Taycan, o modelo oferece recursos incomuns na gama Audi. Caso da suspensão pneumática adaptativa de três câmaras ou o sistema de direção nas quatro rodas, que podem ser adicionados opcionalmente. O trem-de-força rende 596 cv de potência máxima, mas pode alcançar 646 cv por até 2,5 segundos. O torque é instantâneo e chega a 84,6 kgfm.

Além do design de frente e traseira, é no interior que a Audi consegue injetar um pouco mais a própria personalidade no modelo. A qualidade dos materiais, acabamentos e a harmonia nas diferentes texturas têm a missão de justificar o preço pedido pela Audi por um exemplar do RS e-tron GT. No modelo de teste, os revestimentos eram em couro legítimo com um tratamento de primeira linha, mas há a opção Leather Free, para quem não compra produtos de origem animal.

Outra característica da marca aparece no painel digital, com o conhecido Virtual Cockpit. Aqui ele aparece na versão com 12,3 polegadas e é complementado pela central multimídia MMI, que conta com uma tela touch de 10,1 polegadas. O sistema possui funções básicas, como espelhamento sem fio de smartphones, mas também exibe informações específicas detalhadas para a exploração esportiva do RS e-tron GT. Dentro da longa lista de equipamentos opcionais, há ainda o sistema de áudio 3D Bang & Olufsen.

Em relação á segurança, não falta absolutamente nada. Para além dos elementos obrigatórios como airbags, ABS, ESP, o modelo traz câmera 360° e recursos ADAS nível dois de autonomia – assistente de manutenção na faixa, controle de cruzeiro adaptativo com stop&go, alerta de colisão frontal com frenagem autônoma, entre outros (Texto de Alexandre Constantino, Autocosmos México, exclusivo no Brasil para Auro Press. Fotos de divulgação).

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Impressões ao dirigir

Sedã superlativo

Como normalmente acontece em veículos de propulsão elétrica, após pressionar o botão de ignição, há apenas animações nas telas para indicar que o carro está pronto para se movimentar. Não há alavanca seletora de marcha. No console central há um comutador deslizante com as letras R, N e D onde se define a marcha, com o botão P em separado.

Ao acelerar, o silêncio permanece e o avanço retrata a pressão no acelerador. Pode ser extremamente suave demonstrar grande entusiasmo. Nesse caso, ele o RS dispara e a potência e o torque de seus dois motores se reflete diretamente no peito do motorista. O zero a 100 km/h é feito em 3,3 segundos, número típico de superesportivo. Já a máxima é limitada a 250 km/h.

Já em um uso mais civilizado, ele se comporta de forma previsível, confortável, luxuoso e extremamente silencioso. Apenas o som dos pneus no pavimento é ouvido. Na estrada, ele é extremamente ágil e divertido. Apesar do centro de gravidade muito rebaixado pela presença das baterias no assoalho, trata-se de um carro com mais de duas toneladas. Ele faz curvas de forma impressionante, mas a enorme massa torna arriscada qualquer ultrapassagem do limite. Nesse momento, uma suspensão adaptativa pneumática é muito bem-vinda.

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