Governo avalia demitir cúpula da Abin

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Governo avalia demitir cúpula da Abin[email protected] (IG)

O governo avalia a demissão da cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) após o inicio das investigações da Polícia Federal apontando que haveria um acordo da atual gestão para blindar investigados de comporem um esquema espionagem ilegal, a chamada “Abin Paralela”.

Conforme apuração do G1, agentes da Polícia Federal têm avaliado como “insustentável” a continuidade de membros da alta direção da Abin. Uma corrente dentro desse contexto advoga pela exoneração do diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, e do diretor Alessandro Moretti.

A Polícia Federal revelou que cerca de 1,5 mil números de telefones foram alvo de espionagem ilegal pela Abin. As acusações apontam para o uso indevido da Abin durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro para monitorar autoridades e rivais políticos.

O principal alvo das investigações é Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da pasta, que teria sido o responsável por comandar as ilegalidades. Em uma ação coordenada, a Polícia Federal realizou busca e apreensão contra Ramagem, visando esclarecer sua suposta participação no uso irregular da Abin.

A PF afirmou que a Abin utilizou o software FirstMile durante o período em que Ramagem ocupava o cargo de diretor-geral do órgão, durante o governo Bolsonaro.

Esse software, adquirido durante a gestão do ex-presidente Michel Temer, foi utilizado de forma ilegal para monitorar a localização de aparelhos telefônicos pertencentes a políticos, policiais, servidores públicos, membros do poder judiciário e jornalistas.

Em resposta às acusações, a Abin emitiu um comunicado esclarecendo que o contrato referente ao software em questão teve início em 26 de dezembro de 2018 e foi encerrado em 8 de maio de 2021. Além disso, afirmou que a solução tecnológica não está mais em uso desde então.

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