Escritora trans do AC lança coletânea de poesias baseada em desilusão amorosa e experiências de vida: ‘Livro dolorido’

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Livro ‘Fogo em Minha Pele’ reúne poemas sobre um amor não correspondido e vida pessoal da autora. Lançamento acontece no próximo sábado (27), no Memorial dos Autonomistas, em Rio Branco. O livro ‘Fogo em Minha Pele’ traz poesias que a maioria das mulheres podem se identificar
Divulgação
A escritora acreana Gabe L. Alódio, através de seu primeiro livro ‘Fogo em minha pele’, busca dar voz para aqueles que enfrentam desafios e as dores como a de um amor não correspondido. O livro será lançado no próximo sábado (27), no Memorial dos Autonomistas, em Rio Branco, as 19h, com entrada gratuita
Foi durante a pandemia de Covid-19 que Gabe começou a fazer transição de gênero e passou por momentos conturbados, como perder o emprego e um amor não recíproco. Para externalizar suas dores, escreveu poemas que não foram planejados para serem publicados, mas com a ajuda da mesma pessoa que não pôde retribuir aos seus sentimentos, ela iniciou o projeto.
“Eu nunca pensei em publicar esses poemas, eles foram escritos para mim, como uma forma de lidar com tudo que foi 2020 a 2022. Nunca pensei em que isso iria se tornar um livro, mas, graças ao estímulo desta mesma pessoa, acabei enviando alguns exemplos de poemas para editoras, e a Viseu me respondeu com a proposta para criar o livro em uma semana. Posso dizer que é um livro dolorido e motivado por dor também”, explicou a escritora.
Gabe L. Alódio tem 28 anos e é uma mulher transexual, mas apesar de abordar sobre suas experiências como uma mulher trans, o livro é sobre amor e dores que mulheres de todas as idades e identidades de gênero podem se identificar.
No livro, Gabe também aborda aspectos específicos, como a vontade de automutilação do pênis e os desafios nas relações sociais durante a transição. No entanto, ela enfatiza que o livro é mais um evangelho sobre um amor não-recíproco, uma experiência universal compartilhada por mulheres de todas as idades e identidades de gênero.
“Eu imagino que minha identidade de gênero carregue um significado maior para uma parte da sociedade que não é normalmente ouvida, que não possui voz, muito menos caneta e papel. Isso pode gerar uma curiosidade, mas eu escrevi esse livro não como uma garota trans, mas como uma garota, e eu espero levar a ideia que pessoas trans, em geral, também possuem individualidade, não são apenas bandeiras de suas identidades de gênero” completou.
Serviço:
Lançamento do livro ‘Fogo em Minha Pele’
Quando: 27 de janeiro (sábado);
Onde: Memorial dos Autonomistas;
Entrada: gratuita;
Horário: 19h.
*Estagiária sob supervisão da jornalista Geisy Negreiros.
VÍDEOS: g1
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