Suspeito de matar adolescente com mais de dez facadas no AC diz que estava bêbado e não lembra do crime

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José Francenildo Costa da Silva prestou depoimento nesta quinta-feira (25) para o delegado Valdinei Soares, em Tarauacá. Suspeito alegou que tinha um relacionamento conturbado com a vítima. José Francenildo Costa da Silva foi preso suspeito de matar Maria Marciana
Arquivo pessoal
José Francenildo Costa da Silva, de 31 anos, prestou depoimento nesta quinta-feira (25) sobre a morte de Maria Marciana da Silva Oliveira, de 16 anos, com mais de dez facadas nas costas na cidade de Tarauacá, interior do Acre. Preso pelo crime horas depois, o suspeito disse que estava alcoolizado e que não se recorda de ter esfaqueado a mulher.
Os dois tinham um relacionamento amoroso. José Francenildo já tem uma condenação por matar outra mulher na cidade de Feijó. Pelo primeiro crime, ele foi condenado 17 anos, 10 meses e 14 dias. A Polícia Civil informou que ele usava tornozeleira eletrônica, mas cortou o equipamento e vivia com a vítima em Tarauacá.
Além de não lembrar de ter matado a adolescente, o suspeito alegou que não lembra também de estar armado com uma faca. Inicialmente, a polícia divulgou que a vítima tinha 17 anos. A informação foi corrigia nesta quinta.
“A gente se encontrou e não lembro de quase nada, tinha bebido e não lembro. Não lembro direito [de ter matado a vítima]. Não lembro se matei ela, se ela morreu. Não lembro”, alegou em depoimento ao delegado Valdinei Soares.
A Polícia Militar prendeu José Francenildo da Silva no km 14 da BR-364, sentido Feijó, cidade vizinha. No depoimento, ele afirmou que tentava escapar do flagrante, mas que depois iria se entregar. “Eu ia, mas ia me entregar. Foi na hora que me toparam na estrada, só deitei e me entreguei”, argumentou.
Após o depoimento, o suspeito foi levado para audiência de custódia e a Justiça transformou a prisão em flagrante em preventiva.
O delegado contou ao g1 que ainda não conseguiu ouvir os parentes da vítima para saber a real motivação do crime.
A reportagem não conseguiu contato com os familiares da vítima.
Mulher foi alcançada pelo companheira e esfaqueada mais de dez vezes nas costas
Arquivo pessoal
Relacionamento conturbado
Ainda durante o depoimento, José Francenildo da Silva disse que o casal tinha se separado há cerca de uma semana. O motivo para o rompimento seria as constantes brigas.
O suspeito acusou a vítima de ter feito ameaças de morte contra ele e o filho dele, de 2 anos. Nessa quarta, o homem afirmou que se encontrou com a adolescente para pedir explicações sobre o sumiço dos documentos pessoais dele.
“Ela quebrou tudo lá em casa, pegou a faca para se matar, me matar e matar meu filho. Foi a última vez que nos separamos. Deu fim também nos meus documentos”, acusou.
Crime
Maria Marciana caiu em uma área de mata e morreu no local. A Polícia Civil confirmou que o casal vivia próximo do local do crime, no bairro Triângulo. As informações repassadas inicialmente são de que houve uma discussão entre o casal e o suspeito saiu perseguindo a vítima com a faca nas mãos.
A faca usada no crime foi achada próximo do corpo da vítima. A polícia confirmou que a arma entortou com as perfurações e foi jogada no matagal pelo criminoso.
O exame de corpo de delito comprovou que Maria Marciana levou 11 facadas nas costas enquanto era perseguida pelo companheiro.
CANAIS DE AJUDA PARA CASOS DE VIOLÊNCIA
A PM disponibiliza os seguintes números para que a mulher peça ajuda:
(68) 99609-3901
(68) 99611-3224
(68) 99610-4372
(68) 99614-2935
Veja outras formas de denunciar casos de violência contra a mulher:
Polícia Militar – 190: quando a criança está correndo risco imediato;
Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes;
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
Qualquer delegacia de polícia;
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;
Ministério Público;
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