Estratégia de Bolsonaro é dizer que não sabia de nada, apesar de Cid ter sido auxiliar direto

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Em depoimento à PF, ex-presidente nega saber de qualquer ação envolvendo carteira de vacinação e parece deixar toda a culpa com ex-ajudante de ordens. Em depoimento à Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que desconhecer informações sobre a inserção de dados de vacinação dele e da sua filha no ConecteSus.
Um presidente da República não precisa saber de tudo que acontece no governo, mas a estratégia de defesa de Bolsonaro é tentar convencer a todos, especialmente investigadores, de que ele não sabia de nada. Convencer de que não sabia o que o seu principal auxiliar, o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, fazia dentro do Palácio do Planalto. Aquele auxiliar que carregava a pasta, o celular e tirava fotos do ex-presidente nos eventos.
É de amplo conhecimento de que o ajudante é militar e, como um militar, preza pela hierarquia. A versão de Bolsonaro, no entanto, faz entender que Mauro Cid fez uma série de coisas da cabeça dele, como acessar o cartão de vacinação da filha do presidente. E por qual razão ele faria isso?
Como Cid vira um resolve tudo, sem Bolsonaro saber? Quanto tempo Cid gastava sem o menor conhecimento de Jair Bolsonaro?
Nesse depoimento, pelas perguntas feitas, deu para perceber que há muito mais coisa que a Polícia Federal sabe, talvez no celular de Cid e Bolsonaro, que vão sendo deixadas e devem ser cruzadas em algum momento.
Alguns fato desmontam essa tese de que Bolsonaro não sabia de nada, como quando ex-major Ailton Barros manda uma mensagem para Cid com um print de uma mensagem para o próprio Bolsonaro.
É muito sério o que aconteceu e a estratégia de Bolsonaro é deixar toda a culpa com Mauro Cid, por mais que ele tente ser respeitoso com seu ex-ajudante de ordens,  o peso cai todo sobre Cid.

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