SC tem aumento de 910% em casos prováveis de dengue e definição de vacinas

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Dados do governo do estado mostram que em 2024 Santa Catarina já apresenta um cenário epidemiológico de dengue muito pioro do que no ano passado, quando os níveis bateram recordes de transmissão e mortes. Conforme o levantamento, há um aumento de 910% na quantidade de casos notificados de dengue, como prováveis infecções.

A análise foi apresentada nessa quinta-feira (25/1) pelo governador, Jorginho Mello (PL), em Florianópolis. No mesmo dia, o Ministério da Saúde (MS) também anunciou as cidades que vão receber os primeiros lotes de vacina contra a dengue.

Conforme a análise da Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC), são mais de 4 mil casos prováveis nas primeiras semanas desse ano, enquanto no mesmo período de 2023 era 400. A Grande Florianópolis e o Nordeste catarinense continuam sendo as regiões com mais notificações; a segunda região receberá, no primeiro momento, todas as doses de vacina da dengue, conforme definido pelo MS.

Um óbito por dengue já foi confirmado, em Joinville, e dois seguem em investigação de laboratório (em Blumenau e Garopaba). Em 2022 e 23 foram 188 vítimas da doença no estado, um salto enorme se comparado com 2021, quando 7 pessoas tiveram a morte confirmada por causa da infecção.

Plano de ação

O Governo do Estado afirma que está intensificando o combate à dengue, com investimentos de R$ 10 milhões no trimestre de dezembro a fevereiro, entre plano de contingência com os municípios mais afetados e campanhas informativas para sensibilização da população.

Vacinas para o Nordeste

O Ministério da Saúde anunciou que 13 cidades de Santa Catarina receberão vacinas contra a dengue, direcionadas para pessoas de 10 a 14 anos. As cidades beneficiadas são todas no Nordeste do estado, região com mais casos e mortes: Joinville, Araquari, São Francisco do Sul, Barra Velha, Garuva, Balneário Barra do Sul, Itapoá, Jaraguá do Sul, Guaramirim, Schroeder, Massaranduba, São João do Itaperiú e Corupá. A distribuição considera regiões de saúde com municípios de grande porte, alta transmissão nos últimos dez anos e população igual ou superior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas de transmissão nos últimos meses.

A imunização completa exigirá duas aplicações, e a quantidade de pessoas vacinadas será limitada devido à capacidade de produção da Qdenga. Segundo o MS, a vacinação inicia em fevereiro, porém sem data definida.

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