Ministra Sonia Guajajara lidera comitiva que acompanha conflito entre fazendeiros e pataxós no sul da Bahia

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Indígenas da etnia pataxó tentaram invadir uma fazenda em Itapetinga. Eles reivindicam a demarcação da área. Fazendeiros armados reagiram. A polícia retirou os pataxós, que tentaram invadir o local novamente no domingo (21). Sonia Guajajara lidera comitiva que acompanha conflito entre fazendeiros e pataxós na BA
Uma comitiva liderada pela ministra dos Povos Indígenas está no sul da Bahia para acompanhar um conflito entre fazendeiros e pataxós que deixou um morto e feridos.
A ministra Sônia Guajajara e a presidente da Funai, Joenia Wapichana, além de representantes dos ministérios da Justiça, do Desenvolvimento Agrário, Direitos Humanos e da Saúde desembarcaram pela manhã em Ilhéus. Eles visitaram os indígenas feridos no confronto e seguiram para o enterro do corpo da indígena Maria de Fátima Muniz de Andrade, na Reserva Caramuru Paraguaçu, na cidade de Pau Brasil.
A ministra afirmou que é preciso rever a demarcação de terras na região, incluindo a área disputada:
“Nós estamos aqui para dizer do nosso compromisso de continuar apoiando e fazendo com que essa demarcação das terras indígenas aconteça. É preciso que haja uma correção da área demarcada”.
A ministra Sonia Guajajara e outras autoridades
JN
No sábado (20), indígenas da etnia pataxó tentaram invadir uma fazenda em Itapetinga. Eles reivindicam a demarcação da área. Fazendeiros armados reagiram. A polícia retirou os pataxós, que tentaram invadir o local novamente neste domingo (21). Houve novo confronto.
Maria de Fátima Muniz de Andrade morreu no local e outros oito indígenas ficaram feridos, além de um fazendeiro.
Um fazendeiro de 20 anos e um PM da reserva foram presos em flagrante. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia já reforçou o policiamento na região.
Nesta segunda-feira (22), a Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia lamentou os graves fatos ocorridos. Afirmou que enviou inúmeros ofícios, alertando sobre o perigo iminente de conflito e que orienta os produtores a atuarem na defesa dos seus interesses rigorosamente dentro dos limites da lei, sem extremismos ou violência.
Em 2017 e 2019, indígenas das etnias Kamakã e Imboré chegaram a invadir uma fazenda; alegaram que a terra era lugar sagrado. Nessas duas situações, eles foram retirados do local.
No fim do dia, o governo da Bahia anunciou a criação de um grupo com o objetivo de propor soluções para a questão fundiária.
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