PF investiga vereador Pedro DaLua e policiais penais em operação contra crime eleitoral no AP

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Mandados foram cumpridos nesta terça-feira (16) em Macapá, Santana e Laranjal do Jari para apurar transporte irregular de eleitores nas Eleições 2022. Em nota, o vereador disse que prestou informações à polícia e que tem total interesse de que a apuração ocorra. Pedro Da Lua, vereador de Macapá
Pedro Da Lua/Arquivo Pessoal
A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação nesta terça-feira (16) para investigar crimes eleitorais relacionados ao transporte irregular de eleitores nas Eleições 2022 no Amapá. 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Macapá, Santana e Laranjal do Jari, um deles contra o vereador de Macapá Pedro DaLua.
Em nota, o vereador disse que o nome dele foi envolvido porque alvos da operação ocorrida em 2022 o apoiaram como candidato ao cargo de deputado federal. O vereador disse que prestou informações, entregou celular e outros aparelhos de uso pessoal e requereu acesso ao inquérito, para se manifestar nos autos. Ele afirmou também que tem total interesse na apuração (veja nota na íntegra no final desta reportagem).
O g1 apurou que além do vereador também estão policiais penais entre os investigados.
A operação desta terça batizada de “Preposto” é um desdobramento da operação “Maquilagem” deflagrada em 14 de outubro do ano passado, que investigou a candidatura de uma policial apontada como “candidatura laranja”, ou seja, que fez uma campanha de fachada em 2022 com o objetivo de desviar recursos do fundo partidário.
Entenda o que são candidatos laranjas
Operação “Maquilagem”
PF investiga crime eleitoral nas Eleições 2022 no Amapá
PF/Divulgação
Operação “Preposto”
Nesta terça-feira foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão nos bairros Zerão, Centro, Universidade, Marabaixo, Buritizal, Novo Buritizal, Jardim Marco Zero, Equatorial, Laguinho, Congós e São Lazaro, em Macapá, e nos municípios de Santana e Laranjal do Jari.
As investigações tem como foco o transporte ilegal de eleitor nas eleições de 2022.
De acordo com a PF, o esquema de transporte irregular era relacionado a um candidato ao cargo de deputado estadual e um a deputado federal.
Os investigados, que são na maioria servidores públicos, captavam eleitores no dia da votação em favor dos candidatos, segundo a PF.
“Um dos investigados teria uma posição de comando ao ordenar e organizar o esquema, uma vez que era comunicado diretamente para este as execuções das tarefas realizadas pelos demais envolvidos. Os suspeitos faziam o transporte de eleitores de vários municípios até o seu local de votação, fazendo com que esses eleitores pousassem para fotos junto aos panfletos dos candidatos – “santinhos”, como forma de comprovar que estariam dando apoio aos candidatos”, informou a PF.
Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, transporte irregular de eleitores e violação do sigilo do voto. Em caso de condenação, poderão pegar uma pena de até 16 anos de reclusão e pagamento de multa.
Operação “Maquilagem”
A operação foi deflagrada em 14 de outubro do ano passado. Foi apurado que uma policial que era candidata e que sabia que não iria ser eleita, teria sido convidada para concorrer no pleito por um assessor parlamentar, que é policial penal. A identidade da candidata acusada de ser “laranja” não foi divulgada pela PF.
Para garantir a candidatura da policial, segundo a PF, foram ofertados a ela os seguintes benefícios: cargo na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap); dispensa de 90 dias do trabalho, em razão do prazo para desincompatibilização, no qual há o recebimento integral do salário; e uma “cota” de R$ 30 mil do fundo partidário para ser utilizada na campanha.
Veja nota do vereador Pedro DaLua na íntegra
O vereador Pedro DaLua vem a público se manifestar sobre a ação de busca e apreensão da Polícia Federal que investiga suposto transporte irregular de eleitores nas eleições de 2022 e supostas candidaturas laranjas de mulheres.
A ação é desdobramento da operação Maquilagem, deflagrada em outubro do ano passado. O nome do parlamentar foi envolvido porque alvos da operação ocorrida em 2022 apoiaram o então candidato a deputado federal Pedro da DaLua.
O vereador prestou informações, entregou celular e outros aparelhos de uso pessoal e requereu acesso ao inquérito, para se manifestar nos autos.
O procedimento ainda está em fase de apuração e não de processo judicial e o mandado cumprido hoje foi de busca e apreensão. Por isso, o vereador repudia as notícias falsas disseminadas com o objetivo de macular sua honra e já está tomando as medidas judiciais cabíveis para responsabilizar criminalmente seus disseminadores de fake news. Como DaLua lançou sua pré-candidatura a prefeito, seus adversários tentam a todo custo espalhar mentiras.
Pedro DaLua tem total interesse de que a apuração ocorra tanto que se colocou à disposição da imprensa tão logo foi concluída a busca em sua residência.
Ele lembrou que em 2016, após ser alvo de denúncia do Ministério Público que levou a cabo a Operação Rescisória, DaLua pediu apuração rigorosa dos fatos. E em 2021 o próprio Ministério Público Estadual requereu o arquivamento da denúncia, homologada pela justiça, o que demonstrou a sua inocência.
A verdade novamente prevalecerá.
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