Com leite, tomate e batata ‘vilões’, valor da cesta básica em Campinas volta a subir após dois meses de queda

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Estudo do Observatório PUC-Campinas mostra que custo da alimentação básica para o trabalhador ficou em R$ 729,74 em abril, alta de 1,36% em relação aos números de março. O preço da cesta básica voltou a subir em Campinas (SP) após dois meses seguidos em queda. Em abril, os pesquisadores do Observatório PUC-Campinas identificaram alta em seis dos 13 itens analisados, sendo que leite, tomate e batata aparecem como os maiores vilões – veja mais abaixo.
Segundo a pesquisa, o custo da cesta básica na metrópole ficou em R$ 729,74, aumento de 1,36% em relação a fevereiro (R$ 719,92). Em valores absolutos, a alta foi de R$ 9,82 no custo da cesta.
A pesquisa compara também o custo dos alimentos com o salário mínimo. Considerando o valor de R$ 1.302,00 (em abril), a cesta básica em Campinas compromete 56%.
Como a avaliação da cesta leva em conta o necessário para alimentar um trabalhador por um mês, ao considerar uma família de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, a pesquisa aponta que o necessário seriam três cestas básicas.
Nesse caso, o custo somente com alimentação seria de R$ 2.189,21.
Os vilões
Preço do leite ajudou a impulsionar alor da cesta básica em Campinas (SP)
Reprodução/EPTV
Dos 13 itens avaliados na cesta básica, sete apresentaram queda nos preços, com destaque para os recuos da banana (8,8%) e da carne (5%).
Em relação aos aumentos dos itens analisados, três dos seis que subiram concentraram os maiores percentuais: são eles o tomate (alta de 22,7%), o leite (11,4%) e a batata (10,9%).
A pesquisa
O Observatório PUC-Campinas passou a monitorar os valores da cesta básica em Campinas desde setembro de 2022 e os dados são divulgados mensalmente. A metodologia é a mesma utilizada pelo Dieese.
Para chegar ao valor da cesta básica em Campinas, os pesquisadores apuraram os custos dos produtos em 28 estabelecimentos, todos em supermercados em bairros ao redor do perímetro do centro da cidade.
Consumidor em mercados de Campinas
Reprodução / EPTV
Segundo a PUC, foram aferidos valores de 13 produtos alimentícios e suas quantidades, os mesmos definidos em decreto lei em 1938. Na ocasião, a justificativa era que tais produtos garantiriam, no período de um mês, uma boa qualidade de vida para um trabalhador adulto.
A avaliação do Dieese respeita os hábitos alimentares locais e, por isso, o Observatório PUC analisou as quantidades previstas nas avaliações da região Sudeste do Brasil. São eles:
Açúcar: 3 kg
Arroz: 3 kg
Café: 600g
Farinha: 1,5kg
Feijão: 4,5kg
Leite: 7,5 litros
Manteiga: 750g
Óleo: 750ml
Banana: 90 unidades
Batata: 6kg
Carne: 6kg
Pão francês: 6kg
Tomate: 9kg
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