Policial civil trabalhava como escrivão há cinco anos na delegacia onde foi morto por colega, diz irmão

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Antônio Claudio dos Santos tinha duas filhas e já foi agente penitenciário. Delegacia de Polícia Civil de Camocim.
Mateus Ferreira/TVM
Antônio Claudio dos Santos, policial morto em Camocim, no Ceará, trabalhava há cinco anos como escrivão no local onde crime ocorreu. Ele e outros três colegas foram mortos a tiros na madrugada deste domingo (14). Outro policial é suspeito.
Camocim é uma cidade da microrregião do Litoral de Camocim e Acaraú, mesorregião do Noroeste Camocinense. Sua população é estimada em 63.997 habitantes, conforme dados do IBGE de 2020.
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Antônio tinha duas filhas, uma de cinco e outra de três anos e já foi agente penitenciário.
Irleno Santos, irmão do policial, foi ao local cuidar do despacho do corpo, e deu mais detalhes.
“Estamos muito chocados. Meio complicado isso acontecer no póprio local de trabalho. Ficamos sem mão, sem pé, sem chão e sem nada”, desabafou.
Segundo o familiar, ele falava pouco sobre trabalho e era um pai exemplar, sempre à disposição das meninas.
Policial civil mata quatro colegas de trabalho em delegacia, foge em viatura e se entrega
Entenda caso
Um policial civil matou quatro colegas de trabalho nesta madrugada, em Camocim, cidade do Norte do Ceará, a cerca de 350 quilômetros de Fortaleza.
Capitão Cleumir, da Secretaria de Segurança da cidade, disse ao g1 Ceará que o suspeito foi identificado como Dourado, inspetor da Civil. Ele estava de folga. Depois de atirar nos colegas, Dourado fugiu em um carro da polícia, mas abandonou o veículo e se entregou no quartel da Polícia Militar da cidade.
A Polícia Civil lamentou o caso, e identificou as vítimas como os escrivães Antônio Claudio dos Santos, Antônio José Rodrigues Miranda e Francisco dos Santos Pereira, e o inspetor Gabriel de Souza Ferreira.
O Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpol) emitiu nota. “Infelizmente famílias estão devastadas e destruídas, são filhos que não terão mais seus pais, esposas que não encontrarão mais seus maridos e mães, que nesse dia tão significativo, não terão mais seus filhos para abraçar, beijar”, lamentou a entidade.
“Nos solidarizamos com todas as famílias que estão sofrendo, com todos os colegas que perderam seus companheiros de trabalho. Nos solidarizamos com todos os Policiais Civis neste momento ímpar de dor. Que Deus possa confortar seus corações”, complementou o Sinpol Ceará.
Governador lamentou o caso
Governador do Ceará expressou seus sentimentos.
Reprodução
O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), lamentou as mortes. “Estou absolutamente consternado diante do trágico episódio ocorrido na Delegacia de Camocim, quando quatro policiais civis perderam a vida após ataque de um colega, segundo registro policial”, disse o governador.
“Manifesto a minha solidariedade às famílias, amigos e profissionais da Segurança Pública do Estado. O Governo do Ceará dará todo o apoio necessário aos familiares das vítimas”, complementou Elmano.
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