O sonho dorme

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Ontem você e o mundo. Ambos misteriosos.

Nos seus beijos a essência. O início da vida.

Seus passos elegantes, convidavam todos para dançar

Fui o escolhido. Alah seja louvado.

Ficamos apertadinhos. Tentei não pisar nos seus pés.

A música embalava minhas mãos em missão de reconhecimento.

Viajem pelos mistérios da vida.

De mãos dadas o tempo todo.

Japoneses, árabes, portugueses brindavam nosso amor.

Contagiante. Nossos gestos eram entendidos por todas as línguas.

Os chilenos tocaram bolero – flauta, doce flauta – flutuávamos.

Chegamos ao campo. Você se misturou com as flores, as mais belas.

Na intimidade, senti suas curvas. Moldes para meu corpo.

Masculino e feminino. A natureza fingiu não perceber.

A cascata cedeu água límpida para substituir o champanhe.

Brindamos aos sons dos pássaros. Tudo era poesia. Tudo era harmonia.

Você dormiu. Por baixo, a grama verde, como um quadro de nu artístico.

Seus cabelos rebeldes. Seu rosto fino. Alteza das altezas.

Acordei antes, por isso testemunhei toda a pintura.

Como nos relevos escritos por Deus, seu corpo deitado marcava-me lá no fundo.

Uma fotografia de um quadro único. Você dormindo!

Agora fito essa obra de arte. Prazer e paciência.

Ligo o som bem baixinho e espero você acordar.

Todos querem dançar com você.

Autor:

Jaeder Wiler

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