Confronto entre polícia e moradores de prédio ocupado deixa feridos em Porto Alegre; VÍDEO

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Desentendimento durante cumprimento de uma ordem judicial para demolição de um muro nesta quinta=-feira (19) teria sido a causa do conflito. Confronto entre polícia e moradores de prédio ocupado deixa feridos em Porto Alegre
Um confronto entre a Brigada Militar (BM) e ocupantes de um imóvel no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, deixou feridos na tarde desta quinta-feira (19). Entenda abaixo o que causou o conflito.
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O conflito foi registrado em vídeo (veja acima). Nas imagens, é possível ver os policiais carregando escudos e cassetetes. Há pessoas tossindo e correndo pela Rua João Alfredo, pois bombas de gás lacrimogêneo teriam sido usadas pelos agentes. Manifestantes teriam reagido jogando pedras contra os militares.
Pelo menos duas pessoas ficaram feridas: uma dela teria sido atingida por um bomba jogada pela BM e foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Outra pessoa foi detida pela BM e houve registro de um termo circunstanciado, que apura infrações de menor potencial ofensivo.
O g1 entrou em contato com o setor de comunicação da BM em busca de uma posição, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Moradora do imóvel sofreu ferimento durante confronto com a BM
RBS TV/Reprodução
Demolição de muro causou conflito
Uma equipe da deputada estadual Laura Sito (PT) estava no local e disse que o desentendimento começou porque os ocupantes do prédio, que fica na Rua João Alfredo, eram contrários à demolição de um muro que divide a área do imóvel da do Museu Municipal Joaquim Felizardo e a BM teria entrado na área da residência sem a permissão dos moradores para cumprir uma ordem judicial de demolição.
Segundo a prefeitura de Porto Alegre, o muro precisa ser derrubado porque um laudo da Defesa Civil atesta que a estrutura estava prestes a cair, apresentando “risco aos ocupantes do imóvel e aos visitantes do museu”, e “os proprietários e ocupantes do imóvel não tomaram providências”.
A prefeitura afirma que o trabalho começou no dia 4 deste mês, mas foi interrompido por ação dos moradores do imóvel e retomado nesta quinta.
Os moradores argumentam que, nesta quinta, a prefeitura comprometeu a estrutura de duas peças do imóvel durante a derrubada do muro, que foi feita com uma retroescavadeira, e decidiu, sem diálogo, demolir as peças comprometidas, o que gerou o conflito.
O muro foi derrubado e é realizada a limpeza do terreno. A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa afirma que vai “cobrar que a prefeitura ofereça alternativa de moradia aos ocupantes”.
Área em que estava muro que foi demolido pela prefeitura de Porto Alegre
RBS TV/Reprodução
A ocupação
A prefeitura diz que imóvel onde estava localizado o muro é inventariado e está invadido.
Os ocupantes admitem que “o prédio é um bem privado”, mas que está abandonado há mais de 10 anos, razão pela qual foi “ocupado e transformado em uma casa de acolhimento e centro cultural LGBTQIA+, principalmente para pessoas trans”.
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