Inquérito que investigou morte de grávida atingida na cabeça por monitor cardíaco de ambulância termina sem indiciados

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Kamily Pricila Fernandes de Oliveira faleceu no dia 12 de janeiro, dois dias após sofrer acidente enquanto era transferida de um hospital em Sacramento. Polícia Civil não encontrou pessoa que pudesse ser responsabilizada pelo ocorrido. Kamily Pricila, de 20 anos, morreu após ser atingida por um monitor cardíaco em ambulância
Arquivo da família
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) sugeriu à Justiça o arquivamento do processo que investigava a morte de Kamily Pricila Fernandes de Oliveira. A jovem de 20 anos, que estava grávida do primeiro filho, faleceu após ser atingida na cabeça pelo monitor cardíaco da ambulância que a transportava de Sacramento para Uberaba em janeiro de 2023.
No documento em que consta o encerramento do inquérito, ao qual a TV Integração teve acesso, o delegado responsável pelo caso aponta que as investigações não indicaram uma pessoa que possa ser responsabilizada pelo ocorrido.
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Durante o processo, foram ouvidos os familiares de Kamily que a acompanharam no hospital e os profissionais de saúde que prestaram atendimento a ela em Sacramento e em Uberaba. O motorista da ambulância também prestou depoimento.
O g1 procurou o Ministério Público de Minas Gerais para saber se o órgão concorda com o arquivamento e aguarda retorno.
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Relembre o caso
Kamily Pricila estava grávida de sete meses e meio e passou mal na manhã do dia 10 de janeiro. Segundo o pai dela, Marcelo Antônio de Oliveira, a gestante havia perdido o avô na noite anterior e ficou muito abalada;
Após passar por um posto de saúde, a jovem foi levada para a Santa Casa de Misericórdia de Sacramento acompanhada pela irmã Evelyn Fernandes, de 16 anos. Segundo a Prefeitura, Kamily estava com “hipertensão e crises convulsivas”;
Com a piora no quadro, Kamily foi diagnosticada com eclâmpsia e precisou ser transferida para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), em Uberaba;
Ao g1, a irmã de Kamily disse que não foi autorizada a ser acompanhante dela na ambulância por ser menor de idade. O veículo seguiu viagem apenas com a paciente e a equipe médica. No trajeto, o monitor caiu na cabeça da jovem;
No mesmo dia, ela passou por uma cirurgia de cesariana para a retirada do bebê, que ficou sob os cuidados do pai.
O pai de Kamily declarou também que aguardou várias horas no HC-UFTM até ser informado por uma médica que o prontuário apontava que a jovem havia sido atingida por um objeto na cabeça;
Kamily teve a morte cerebral confirmada no dia 12 de janeiro. No mesmo dia, a família autorizou a doação de órgãos dela;
Após o ocorrido, a Prefeitura informou que abriu uma sindicância para apurar o ocorrido. Dias depois, em nota, o Município lamentou o fato, mas disse que atribuir a morte da jovem apenas à queda do equipamento é um “equívoco”.
A Polícia Civil também abriu um inquérito para investigar o caso e concluiu que a causa da morte, de fato, foi um traumatismo craniano.
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