Incêndio em lixão cobre Teresópolis, na região serrana do RJ, com uma nuvem tóxica

incendio-em-lixao-cobre-teresopolis,-na-regiao-serrana-do-rj,-com-uma-nuvem-toxica


A prefeitura informou que vai acabar com o lixão – que, pela lei, já deveria ter deixado de existir desde 2022. Teresópolis, acostumada com a neblina de inverno da serra, amanheceu encoberta por uma camada densa de fumaça tóxica.
Reprodução/Jornal Nacional
Um incêndio em um lixão deixou Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, coberta por uma fumaça tóxica.
A cidade acostumada com a neblina de inverno da serra amanheceu encoberta por uma camada densa de fumaça. Os moradores demoraram a entender o que estava acontecendo.
“Estou andando e não se vê praticamente dois metros na frente, não se vê mais nada”, diz um morador.
Só depois que a manhã avançou souberam que a fumaça vinha de um incêndio que tomou conta do lixão da cidade. O Corpo de Bombeiros começou a combater o fogo ainda de madrugada, mas o frio da manhã manteve a fumaça bem baixa.
“Não dá para ver nada. Está um cheiro insuportável”, conta uma moradora.
As autoridades recomendaram o uso de máscara porque a fumaça de um lixão é ainda mais tóxica. Mais da metade das unidades municipais de educação não abriu nesta segunda-feira (26).
O lixão fica na margem da BR-116, uma das principais rodovias que cortam a Região Serrana do Rio.
A Prefeitura de Teresópolis informou que está apurando como o fogo começou, mas que tudo indica que foi um incêndio criminoso.
“Alguém colocou fogo ali. Vimos um resto de fogueira. Alguém talvez tenha entrado aqui na madrugada, algum catador, que a gente não sabe ainda, mas fez uma fogueira ali para se aquecer, e esse fogo passou para a floresta” , diz Flávio Luiz de Castro Jesus, secretário municipal de Meio Ambiente.
Em 2018, o Instituto Estadual do Ambiente no Rio de Janeiro embargou a utilização do espaço. Desde então, o governo municipal vem fazendo o descarte do lixo baseado em uma ação judicial.
O Inea constatou várias irregularidades: da falta de controle de resíduos descartados sem tratamento até despejo de chorume direto no rio. A prefeitura informou que vai acabar com o lixão – que, pela lei, já deveria ter deixado de existir desde 2022.
“É um aterro que está ao lado de um rio. Tem várias comunidades no seu entorno, o que não deveria acontecer, não tem área para implementar um novo aterro. Tem que se buscar uma solução pra isso”, afirma Adacto Ottoni, professor do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UERJ.
LEIA TAMBÉM
Veja Teresópolis antes e depois de ser encoberta pela fumaça de incêndio em lixão; vídeo
‘Tá uma nuvem de fumaça baixa na cidade toda’, ‘Estou sem respirar’; veja relatos após incêndio em Teresópolis

Adicionar aos favoritos o Link permanente.