Rota de fuga de ladrão de paraquedista leva Exército a suspeitar de militar

Uma terceiro-sargento da Brigada de Infantaria Paraquedista foi assaltada em quartel na Vila Militar, na Zona Oeste do Rio, na noite de última segunda-feira (5). Ela foi agredida com socos, chutes e pontapés. Bandido fugiu. Exército apura assalto em que sargento agredida teve arma roubada
O Exército investiga se um militar está envolvido no roubo da pistola de uma terceiro-sargento da Brigada de Infantaria Paraquedista, quartel que fica dentro da Vila Militar, em Deodoro, na Zona Oeste do Rio, na noite da última segunda-feira (5). O bandido fugiu. A suspeita é que ele conhecia muito bem o local pela rota de fuga utilizada.
Antes de ser roubada, a vítima foi agredida com socos, chutes e pontapés. O criminoso estava encapuzado e com uma faca.
Dois paraquedistas que passavam na rua viram a cena e tentaram correr atrás do criminoso. Mas ele atirou contra os dois militares e conseguiu fugir pelos fundos do prédio da banda de música.
Um comparsa em uma moto dava cobertura ao criminoso. Mas o motociclista fugiu após ouvir os disparos.
A vítima havia acabado de sair do pernoite no Centro de Instrução Paraquedista e voltava para o Destacamento de Saúde Paraquedista, por volta das 20h.
O g1 apurou que o Comando Militar do Leste (CML) e os oficiais da Brigada de Infantaria Paraquedista acreditam que só uma pessoa com conhecimento de dentro da Vila Militar poderia cometer o crime e deixar o local sem ser pego.
Por conta disso, segundo militares que estão detidos, o comandante da Brigada de Infantaria Paraquedista, o general Adriano Fructuoso da Costa, determinou que todos os 5 mil militares dos 17 quartéis retornassem aos seus postos de trabalho no mesmo dia.
Nas últimas horas, os militares estão sendo ouvidos e liberados. Nesta quinta-feira (8), apenas os paraquedistas dos quartéis de Colina Longa estavam aquartelados. São cerca de mil.
Militares ouvidos pelo g1 informaram que, após a divulgação do caso, o CML chegou a informar que todos aqueles que estavam acautelados (detidos) seriam liberados, mas estavam proibidos de falar com a imprensa sobre o caso.
No entanto, apenas alguns conseguiram deixar o destacamento.
Procurado, o Exército confirmou o roubo. A corporação destacou que está dando todo suporte à paraquedista e informou que abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o fato. Ainda de acordo com o órgão, vários militares já estão sendo ouvidos e o caso ficará a cargo da Justiça Militar.

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