Polícia indicia equipe médica que amputou indevidamente a perna de uma idosa no HGE, em Maceió

Cinco pessoas, entre médicos, enfermeiros e técnica de enfermagem, vão responder por lesão corporal grave e supressão de documento público. Idosa se internou no hospital para fazer cirurgia em abril
Carla Cleto/Sesau
A Polícia Civil indiciou a equipe médica responsável pela amputação indevida da perna de uma idosa no Hospital Geral do Estado (HGE). Segundo informou o delegado Robervaldo Davino nesta quarta-feira (7), cinco profissionais vão responder pelos crimes de lesão corporal grave e supressão de documento público.
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Maria José, de 73 anos, entrou na sala de cirurgia no dia 21 de abril para corrigir uma fratura no tornozelo, mas teve o membro amputado na altura da coxa.
O delegado responsável pelo caso explica que quatro indiciamentos foram por lesão corporal grave e dois por supressão de documento público, sendo que um mesmo profissional foi indiciado pelos dois crimes.
“Eles não cumpriram o que prescreve o protocolo de cirurgia indicado pelo Ministério da Saúde. Ficou constatado que dois médicos suprimiram folhas do prontuário e esses dois estão sendo responsabilizados pela supressão de documentos públicos. Um deles também foi indiciado por lesão corporal grave, assim como outros três”, disse o delegado.
O inquérito foi concluído na terça (6) e enviado ao Ministério Público. Segundo Davino, a equipe médica deve responder em liberdade até o final do processo. Os profissionais foram afastados pela direção do hospital quando o caso veio à tona.
O diretor do HGE, Rodrigo Melo, informou que a idosa será assistida pelo Estado até que se recupere totalmente. “Todo apoio vai ser dado para tentar minimizar esse dano”, disse.
VÍDEO: Médicos foram afastados após amputação
Erro médico: HGE afasta médicos e anestesista após amputação de perna de idosa
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