Ministério da Saúde descumpre promessa, e Ribeirão Preto ainda registra falta de vacina contra catapora

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Cidade alega estar recebendo do governo federal quantidade insuficiente de doses para imunizar todos que precisam. Ministério havia informado que situação se normalizaria até dezembro. Postos de saúde de Ribeirão Preto (SP) ainda registram falta de doses da vacina contra a varicela, popularmente conhecida como catapora.
O problema ocorre ao menos desde outubro do ano passado, e a expectativa era de que fosse solucionado até dezembro, como informado pelo Ministério da Saúde, responsável pela distribuição do imunizante aos municípios.
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Segundo a Secretaria de Saúde de Ribeirão, no entanto, a quantidade de doses recebidas nos últimos três meses está reduzida e é insuficiente para atender a quem precisa.
“Nos meses de novembro de 2023 a janeiro de 2024 o município recebeu um quantitativo reduzido da vacina, insuficiente para atendimento da população que possui indicação da vacina”, diz nota.
O g1 e a EPTV, afiliada da TV Globo, perguntaram ao Ministério da Saúde por que a falta de doses continua e qual é a previsão para a situação ser normalizada, mas não obteve retorno até esta publicação.
Em outubro de 2023, a pasta havia alegado que a suspensão das entregas de novos imunizantes ocorreu porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisou mudar o processo de produção da vacina, em março daquele ano.
Criança sendo vacinada contra catapora
Reprodução/TV Gazeta
Doses necessárias x doses entregues
O estado de São Paulo, por sua vez, informou que necessita de cerca de 270 mil doses da vacina contra a catapora por mês. Porém, alega ter recebido apenas 50 mil em dezembro, por exemplo.
A aplicação nas crianças ocorre em duas doses: uma com um ano e três meses de idade e o reforço, aos 4 anos.
Médica infectologista e pediatra, Silvia Fonseca faz um alerta sobre a importância da vacina ao destacar que a catapora pode ter complicações graves.
“Na criança, ela pode fazer um estrago muito grande, principalmente quando ela é a segunda ou terceira pessoa da família ou da escola que pega, porque ela pode ter infecção nessas bolinhas que formam e pode até ter uma pneumonia. Muitas crianças são hospitalizadas por causa de varicela complicada”, diz.
Se a vacina atrasar, a criança pode tomar depois?
A infectologista também pontua que, caso passe do prazo indicado para receber a primeira ou segunda dose, a criança ainda poderá e deverá recebê-la assim que for possível.
“Não tem problema se a criança tinha 15 meses, estava na hora de tomar a vacina, e a vacina não chegou, não faz mal tomar com 18 meses, com dois anos. A vacina sempre tem um intervalo mínimo, mas não tem o intervalo máximo. Então até seis anos, 11 meses e 29 dias, ainda pode tomar a segunda dose”, completa.
A médica infectologista e pediatra Silvia Fonseca
Luciano Tolentino/EPTV
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