Antônio Lee conta que último autógrafo de Rita Lee foi para o neto de 5 anos: ‘Dedicado a um grande fã’

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Filho caçula da cantora fez relato emocionante sobre pedido de autógrafo do filho para sua mãe enquanto artista estava internada em hospital. Rita morreu aos 75 anos na última segunda-feira (8). Antônio Lee conta que último autógrafo de Rita Lee foi para o neto de 5 anos: ‘Dedicado a um grande fã’
Reprodução/Instagram
Antônio Lee, filho caçula de Rita Lee, contou aos fãs da cantora que o último autógrafo da mãe foi para o neto Arthur, de 5 anos.
Rita morreu na segunda-feira (8), aos 75 anos, após ser diagnosticada com um câncer de pulmão.
Neste domingo (14), Antônio compartilhou nas redes a foto do último autógrafo de Rita e relembrou que, na sua infância, não entendia como “um papel com um nome assinado causava tanta comoção”.
“Esse foi o último autógrafo da minha mãe. Quando eu era pequeno, não entendia muito bem esse ritual. Pessoas surgiam do nada com papel e caneta, mãos meio trêmulas. Ficavam hipnotizadas enquanto minha mãe fazia uns rabiscos. Depois, pegavam o papel de volta e saíam chorando, emocionadas. Por que um papel com um nome assinado causava tanta comoção?.”
“Com o tempo, o autógrafo foi cedendo espaço para as selfies no celular e vídeos mandando recado. Mas, hoje, mais do que nunca, eu entendo o barato do autógrafo. O autógrafo é analógico. É uma relíquia, um pedaço daquele momento, uma prova viva com reconhecimento de firma que o encontro realmente aconteceu”, relembrou Antônio.
“Nunca vi minha mãe negar um autógrafo. O pior que podia acontecer a um fã era chegar sem papel nem caneta e ela soltar o famoso “pô, bichô!?”, contou o artista visual.
Antônio Lee conta que último autógrafo de Rita Lee foi para o neto de 5 anos: ‘Dedicado a um grande fã’
Reprodução/Instagram
“Um dia, enquanto visitava ela no hospital com meu filho Arthur, de 5 anos, o assunto veio à tona. Eu comentei que a vovó Rita tinha um autógrafo muito legal, com desenho de disco voador e tudo! Ele ficou animado: ‘Eu quero um autógrafo da vovó Rita!’ E ela, claro, não negou”, explicou Antônio.
“Coloquei no colo dela um papel e uma caneta. As mãos estavam fracas, o punho já não tinha a mesma flexibilidade de antes. Mas ela se lançou no desafio. Primeiro, fez a dedicatória e a assinatura. Depois, o disco voador, provavelmente seu assunto preferido.”
“Ela sempre se dedicava mais nessa parte. Enquanto terminava o desenho, reclamou que a mão não obedecia como queria. Não satisfeita com o disco, tentou desenhar outro mais para a direita, só para provar a si mesma que conseguia fazer um melhor. Até que desabafou: “a mão não tá indo, saco!”.”
“São mais de 50 anos dessa troca entre ídolo e fã. Foram milhares de vezes repetindo esse mesmo gesto. Milhares de folhas de papel espalhadas por aí que marcam um momento em que ela esteve presente.”
“E sem saber que aquela seria a última vez, foi lá e assinou seu nome tão lindo. Dedicado a um grande fã que vai sentir muitas saudades da vovó.”
“Feliz dia das Mães mais dolorido do mundo, Mãezinha”, finalizou Antônio. Ele ainda compartilhou uma imagem na qual aparece ao lado da mãe e com o filho, Arthur, nos braços.
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