Mulheres realizam sonho de se tornarem mães com reprodução assistida no RN: ‘Nem imaginava que eu pudesse’

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Centro que funciona na Maternidade Januário Cicco, da UFRN, há mais de 10 anos atende pelo SUS e realiza cerca de 250 procedimentos por ano no Rio Grande do Norte. Claudiana e o filho Paulo Arthur
Reprodução/Inter TV Cabugi
Mulheres potiguares têm realizado o sonho de se tornarem mães com um auxílio importante da ciência e das novas tecnologias. Entre os métodos mais utilizados estão a fertilização in vitro e a inseminação artificial.
Neste domingo (14) é celebrado o Dia das Mães.
Um dos espaços mais importantes no estado para esses procedimentos no RN atualmente é o Centro de Reprodução Assistida da UFRN, que atua através do Sistema Único de Saúde (SUS) e há mais de 10 anos tem colaborado com casais que tentam engravidar.
Atualmente, a unidade tem realizado cerca de 250 procedimentos por ano no estado.
Dois exemplos de pessoas que foram beneficiadas pelo Centro são Claudiana Oliveira, mãe de Paulo Arthur, de 7 anos; e Annalice Viana, mãe de Anna Helena, uma bebê de dois meses.
Em ambos os casos, não foi possível a gravidez de forma natural, o que fez as mulheres procurarem o auxílio da ciência.
“Eu comecei a buscar. Pensei em ir em Recife. Aí Deus falou comigo e disse assim: ‘Aqui em Natal tem’. Eu liguei pra maternidade. A moça falou que não tinha, mas ia ter. No primeiro dia eu estava na fila. Quando eu cheguei, a minha ficha era a 50”, contou Claudiana.
Annalice com a filha Anna Helena e o marido
Reprodução/Inter TV Cabugi
“É um sonho realizado. O primeiro mês não é fácil, mas como é algo que a gente deseja, no meu caso algo que sempre quis, então a gente se dedica, dá todo amor. Então eu nem imaginava que eu pudesse ser mãe. A gente fica tentando, às vezes sem fé. Eu já com 42 anos…”, disse Annalice.
Pelo SUS
Entre os procedimentos realizados no Centro de Reprodução Assistida da Maternidade, a inseminação artificial não necessita da retirada de óvulos do corpo da mulher. O sêmen é injetado diretamente no útero.
Ja na fertilização in vitro, o óvulo é fertilizado no laboratório, fora do corpo da mulher. Depois de fecundado, é implantado no útero.
O Centro de Reprodução Assistida existe há 10 anos na Maternidade Escola Januário Cicco. Nesse período, foram mais de 4 mil consultas para auxiliar casais com dificuldades de engravidar de forma natural.
Maternidade Januário Cicco, em Natal
Ayrton Freire/Inter TV Cabugi
“Esses 10 anos pra gente é um marco realmente muito importante porque a gente veio agregar a realização de sonhos de casais da nossa região que dependiam de uma tecnologia mais sofisticada para conseguir a gestação”, explicou a coordenadora do Centro, a ginecologista Mychelle Garcia.
“Então, no nosso Centro a gente consegue ter profissionais habilitados que podem ralizar a inseminação artificial e a fertilização in vitro, principalmente, que é o tratamento mais procuado, que consegue ser um procedimento que soluciona vários diagnósticos que impedem a gravidzez de forma natural”.
A técnica citada pela ginecologista custa cerca de R$ 10 mil na rede privada. No SUS, as pacientes são encaminhadas pelas secretarias de saúde dos municípios.
Segundo a ginecolosgita da UFRN, o problema de infertilidade pode ser do homem ou da mulher. E pode ter várias causas, como problemas hormonais e hábitos como sedentarismo, excesso de bebidas, cigarro ou obesidade.
“90% dos casais eles vão engravidar em média no decorrer do primeiro ano de tentativa. E 10 a 15% não vão conseguir engravidar. A gente tem reparado que esse número tem aumentado durante o tempo e 1 em cada 6 casais em idade reprodutiva vão precisar de assistência”, explicou Mychelle.
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