Brasília tem maior percentual de crianças que consumem alimentos diversificados no país, diz pesquisa

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Segundo estudo do Ministério da Saúde, 66% dos bebês de 6 a 23 meses consomem alimentos dos seis grupos alimentares. Foram analisadas 13.435 crianças em 13 capitais do Brasil. Criança segura prato de comida com diferentes tipos de alimentos
Fábio Tito/ g1
Uma pesquisa do Ministério da Saúde sobre Indicadores de desenvolvimento infantil integral nas capitais brasileiras revelou que Brasília tem o maior percentual de crianças com frequência de consumo diversificado de alimentos do país. O estudo do Projeto Pipas Primeira Infância Para Adultos Saudáveis coletou dados de 13.435 crianças de 0 a 59 meses, em 12 capitais e no Distrito Federal.
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As informações disponibilizadas pelo projeto são avaliações de questões sobre desenvolvimento infantil, nutrição e saúde. Brasília foi a cidade com a maior frequência de consumo diversificado de alimentos por crianças de 6 a 23 meses.
Segundo a pesquisa, 66% das crianças haviam consumido alimentos de seis grupos alimentares no dia anterior à entrevista, como:
grãos, raízes e tubérculos;
leguminosas;
leite materno, leite não materno e derivados;
carnes e ovos;
hortaliças;
frutas.
No entanto, 51,9% dos bebês dessa faixa etária do DF também consomem alimentos ultra processados como bebidas adoçadas, macarrão instantâneo, salgadinho, hambúrguer, embutidos e biscoitos. Com relação ao aleitamento materno, 51,1% dos bebês de 0 a 6 meses do DF foram alimentados exclusivamente com leite materno.
Aprendizagem desde o início da vida
A aprendizagem desde o início da vida também é analisada na pesquisa. Esse índice é medido com perguntas sobre o acesso a brinquedos e livros em casa, uso de telas e o acesso a escolas de educação infantil.
Segundo o estudo, 22,3% das crianças de Brasília, com até 59 meses não têm livros em casa.
Criança brinca com tablet
TV Globo/Reprodução
As crianças do Distrito Federal também passam menos tempo em frente as telas. Brasília é a segunda capital com a menor frequência (28,6%) de crianças dessa faixa etária que assistem a programas ou jogam na TV, no smartphone, no tablet por mais de duas horas diárias.
Com relação a frequência escolar, 13% das crianças entre 4 e 6 anos ainda não estavam matriculadas em nenhuma escola. A matrícula de crianças a partir de 4 anos de idade é obrigatória por lei, e a média brasileira de crianças dessa idade não matriculadas é de 9%.
O DF também tem um percentual alto de crianças com até 59 meses que estão envolvidas em, pelo menos, quatro atividades de estímulo – ler/olhar livros, contar histórias, cantar, passear, jogar ou brincar, nomear, contar ou desenhar. Segundo a pesquisa, 81,5% das crianças dessa faixa etária foram estimuladas, por qualquer membro da família com 15 anos ou mais, em Brasília.
Segundo o projeto Pipas, o objetivo da pesquisa é obter informações sobre o estado geral da saúde e a cobertura de intervenções e práticas de cuidados familiares que protegem ou colocam em risco o desenvolvimento das crianças. O intuito final é disponibilizar informações para a tomada de decisão sobre ações, programas e políticas voltadas ao desenvolvimento na primeira infância.
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