FIDC: A nova fronteira dos investimentos no Brasil

FIDC: A nova fronteira dos investimentos no Brasil

O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) é um veículo que permite a aquisição de créditos diversos, como duplicatas, financiamentos imobiliários e cédulas de crédito bancário. Criado em 2001 pela regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os FIDCs possibilitam uma expansão significativa no mercado de crédito, antes dominado pelos bancos.

João Peixoto, CEO da Ouro Preto Investimentos, explicou: “Os FIDCs trouxeram uma inovação ao mercado ao permitir que qualquer investidor possa acessar uma parcela do universo de crédito, antes restrito às instituições bancárias.”

Por que os FIDCs são uma alternativa interessante para investidores?

Os FIDCs oferecem rentabilidades competitivas em relação aos produtos tradicionais, como CDBs e poupança. Segundo Peixoto, “é possível obter retornos de até 150% do CDI em FIDCs estruturados de forma eficiente, algo que supera consideravelmente o rendimento de outros investimentos de renda fixa.” Além disso, os FIDCs permitem maior diversificação de carteira, tornando-se uma opção relevante tanto para investidores qualificados quanto para varejo.

A desconcentração do crédito no Brasil

Historicamente, o mercado de crédito no Brasil era altamente concentrado nos grandes bancos, que detêm cerca de 76% do crédito originado no país. Com a introdução dos FIDCs, esse cenário começou a mudar. “Hoje, empresas podem criar suas próprias operações de crédito, utilizando os FIDCs como ferramentas para captar recursos no mercado de capitais”, destacou Peixoto.

Esse movimento de descentralização é impulsionado por avanços tecnológicos, como o surgimento das fintechs e plataformas de investimento, que eliminam barreiras tradicionais, como a dependência de agências bancárias.

Embora os FIDCs apresentem vantagens, é importante compreender os riscos associados, como inadimplência nos créditos adquiridos. Para mitigar esses riscos, os fundos são estruturados com classes de cotas. “As cotas subordinadas atuam como uma espécie de garantia para os investidores seniores, reduzindo o impacto de perdas no portfólio do fundo”, explicou o CEO da Ouro Preto.

O futuro dos FIDCs no Brasil

Com um mercado de crédito que ultrapassa os R$ 20 trilhões, os FIDCs têm potencial para crescer exponencialmente nos próximos anos. “O FIDC é, para o mercado de crédito, o que os fundos imobiliários foram para o setor de imóveis: uma revolução que democratiza o acesso e amplia as oportunidades para todos os tipos de investidores”, afirmou Peixoto.

Hoje, é possível investir em FIDCs por meio de plataformas de corretoras e distribuidoras de valores. As opções variam, permitindo tanto pequenas aplicações quanto investimentos robustos em operações complexas. “Estamos estruturando novos FIDCs mensalmente, oferecendo alternativas tanto para investidores profissionais quanto para o público geral”, concluiu Peixoto.

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