OMS diz que ‘lamenta’ decisão dos EUA de se retirar da organização

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lamentou nesta terça-feira (21) a decisão do novo governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, de retirar o país da agência da ONU.

“A Organização Mundial da Saúde lamenta o anúncio de que os Estados Unidos da América pretendem se retirar da organização”, disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, a jornalistas.

Entenda a decisão

Após ser empossado na segunda-feira (20), Trump assinou um decreto para que os Estados Unidos deixem a Organização Mundial da Saúde (OMS) — instituição que ele atacou previamente por sua resposta à pandemia de Covid-19.

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Ao assinar o decreto na Casa Branca, Trump afirmou que os Estados Unidos pagam mais do que a China à organização de forma injusta e declarou: “A OMS nos roubou.”

O decreto instrui as agências federais a “pausar futuras transferências de fundos, apoio ou recursos do governo dos Estados Unidos à OMS” e determina a busca por “parceiros confiáveis e transparentes, nacionais e internacionais, para assumir atividades antes realizadas pela organização”.

A nova gestão também anunciou planos para revisar e encerrar a Estratégia de Segurança Sanitária Global 2024, iniciativa do governo Joe Biden voltada ao combate a doenças infecciosas.

No primeiro mandato de Trump, os Estados Unidos tentaram deixar a OMS, acusando a organização de ser influenciada pela China nas fases iniciais da pandemia de covid-19.

Impactos e críticas

Especialistas alertaram para as consequências da saída. “A decisão fragiliza a influência dos Estados Unidos, aumenta o risco de pandemias mortais e nos torna mais vulneráveis”, criticou Tom Frieden, ex-alto funcionário de saúde no governo Obama, em postagem no X.

A retirada ameaça o acesso dos EUA a dados globais cruciais de vigilância epidemiológica, o que pode prejudicar a capacidade de prevenir e monitorar ameaças sanitárias internacionais. Além disso, agências de saúde e empresas farmacêuticas americanas dependem da OMS para informações essenciais no desenvolvimento de vacinas e tratamentos, destacou Lawrence Gostin, professor da Universidade de Georgetown.

A decisão ocorre em um momento crítico, em meio a um surto de gripe aviária que aumenta temores de uma nova pandemia. Em janeiro, os EUA confirmaram o primeiro caso humano de infecção pelo vírus H5N1.

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