
Rebeca, Roberto e Juninho, cães sem raça definida, ganharam crachá, casinha e cobertores, e recebem cuidados dos funcionários de um posto de combustíveis na zona oeste de Sorocaba (SP). Rebeca, Roberto e Juninho foram adotados por funcionários de posto de combustíveis no bairro Piazza di Roma, em Sorocaba (SP)
Arquivo pessoal
Se você chegar em um posto de combustíveis em Sorocaba (SP) e for “atendido” por um cão, não se preocupe. Não é nenhum “feitiço” que transformou os frentistas humanos em animais. São apenas três cães que chegaram de mansinho ao estabelecimento e foram adotados pelos funcionários.
Silvana Saborosa é gerente do posto de combustíveis, que fica no bairro Piazza di Roma, e conta que foi dela que partiu o desejo de cuidar dos cães. A primeira a chegar foi Rebeca, uma cadela sem raça definida, cor caramelo, e dona de um olhar apaixonante. Depois, Roberto, um cão vira-lata marrom, apareceu pelo posto.
“A Rebeca chegou em outubro de 2022. Depois de uma semana, veio o Roberto, que é parecido fisicamente com ela. Ele chegou mansinho e conquistou a Rebeca. Eu publiquei foto dos dois nas redes sociais para procurar os possíveis tutores ou um adotante, mas ninguém se interessou por eles. Eles chegaram bem judiados aqui”, relembra.
Silvana é a gerente que decidiu cuidar dos cães depois que os animais passaram a frequentar o posto
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A gerente do posto decidiu pedir autorização para os proprietários do estabelecimento para poder cuidar dos animais ali mesmo, já que não tinha espaço para levá-los para casa.
“Eles concordaram. Eu consegui castração para os dois, e eles se tornaram a sensação do posto. Os clientes param, tiram fotos… São conhecidos por toda a vizinhança”, relata a funcionária.
Roberto e Rebeca foram castrados após serem adotados pelos funcionários do posto
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Roberto, Rebeca e…
Se em coração de mãe sempre cabe mais um, no posto de combustíveis não foi diferente. Depois da dupla Roberto e Rebeca, chegou um “terceiro elemento” ao time de “cães frentistas”.
“Foi o Juninho, que chegou há uns quatro meses. Foi difícil para ele conquistar o Roberto e a Rebeca, não deixavam ele dormir do lado de dentro da casinha. Mas ele conseguiu reverter a situação e, agora, é o Juninho que comanda o trio.”
Juninho precisou conquistar os corações de Roberta e Rebeca, que deixaram um espaço na casinha para o pequeno vira-lata
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Coleira com crachá
Os cães têm casinha, cobertas, brinquedos, coleira e até crachá. Segundo Silvana, os animais são levados regularmente ao veterinário. A ideia de colocar a identificação nos cães foi para trazer mais segurança para eles.
“Como são muito bonitos, já ouvi falarem que iriam levá-los, então colocamos por causa disso, para mostrar que eles têm donos. Mas acabou fazendo o maior sucesso o crachá com o nome deles”.
Conhecidos na vizinhança, os cães também recebem mimos e carinhos do clientes do posto.
“Eles são bem tratados, são conhecidos de todo mundo em volta, dão uma voltinha no mercado, na farmácia, nas lojas, e todos chamam eles pelos nomes. Tem clientes que até levam pacotes de ração para ajudar com a alimentação deles.”
Cães fazem alegria dos funcionários e são conhecidos em estabelecimentos da vizinhança
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‘Eles que nos adotaram’
Mesmo que seja difícil assumir a responsabilidade de cuidar dos animais, os funcionários, a gerente e até os proprietários do posto dizem que a presença dos bichinhos mudou para melhor o dia a dia de trabalho e que Rebeca, Roberto e Juninho agora fazem parte da empresa.
“Nós somos os maiores privilegiados de tê-los diariamente, a correria se torna bem mais leve com eles. Não fomos nós que adotamos, eles que nos adotaram. Tanto que, hoje, se perguntam se eles estão para a doação, eu falo ‘não, são nossos'”, afirma Silvana.
Cães sem raça definidas apareceram no posto de combustíveis e ganharam casinha, coberto e coleira com crachá
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