Emerson Luis. Esporte: Além da necessidade

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Nunca curti academia.

Aqui no prédio tem uma.

Nem faço ideia de quantas vezes frequentei.

Somados os quase nove anos em que moramos aqui, não deve ter sido mais do que 30 dias.

Com a filhota na academia do prédio. Foto: Arquivo pessoal

Caminhar em esteira é um saco.

Pedalar em bicicletas, pior ainda.

No entanto, não gostar é uma coisa.

Precisar, é bem diferente.

Afinal, não sou mais nenhum menino.

Com Everson de Oliveira (Preto) na VO2. Foto: Arquivo pessoal

Durante a semana, faço duas aulas de treinamento funcional na VO2 Artes Marciais.

E uma de aerobike (que valem por duas, pela intensidade) na TFT Fitness.

Com Sandro Stéfano e suas aerobikes. Foto: Arquivo pessoal

Na quinta-feira em diante mudo completamente a rotina.

Priorizo a patota 5ª Tentativa.

Com suas peladas acirradas.

As impagáveis resenhas.

E os sagrados churrascos.

Regados a cevada e música.

Encontro semanal no Planet Ball Garden no primeiro semestre deste ano. Foto: Patota 5ª Tentativa

Nas sextas-feiras (quando não trabalho no dia seguinte) e aos sábados, sempre rola alguma coisa.

Destaque para os encontros de família e de casais de amigos (infelizmente com cada vez menos gente por causa de separações e outras besteiras).

Encontro em família na casa do mano Jeferson. Foto: Elton Pedroso

Domingo dou uma sossegada.

Gosto de ficar de molho.

Sem hora para acordar.

A tarde, mesmo com a preguiça, brinco de vez em quando com meus filhos na quadra do residencial.

Ou damos um passeio na Rota de Lazer.

Na volta tem overdose de futebol.

As anotações, os detalhes dos jogos.

No fim, trabalho.

Que vai até uma determinada hora.

Mais tarde um filme ou série em família.

Para recomeçar bem na segunda-feira.

Passeio de domingo na rua XV. Foto: Arquivo pessoal

Deveria me cuidar mais.

Principalmente da alimentação.

Sempre fui relaxado.

Dieta?

Tentei uma vez.

Quando dava minhas caminhadas e corridas na rua.

Desisti no primeiro dia.

Galera da Rádio Blumenau na década de 90. Foto: Arquivo pessoal

A nutrição equilibrada é essencial.

O risco de contrair doenças é menor.

Só que ao mesmo tempo se a saúde mental (tema da semana passada) não for praticada, as chances de adoecimento aumentam.

Tudo passa pela cabeça.

Década de 90. Com meu irmão Denilson e o amigo Carlos Magno na Praia do Sonho. Foto: Arquivo pessoal

Acredito que o ser humano pode viver bem conciliando todas as atividades com sensatez e responsabilidade, sem exagero.

Se eu ficar o tempo todo apenas exercitando meu corpo, vou me torturar, não vou ser feliz.

Bem como se eu ficar a semana inteira chutando o balde, em breve estarei na cama de um hospital.

O desafio é buscar o equilíbrio.

Nascimento do Tales, em maio de 2018. Foto: Arquivo pessoal

Fiquei pai muito tarde.

Em 2013 e 2018.

Com a chegada do Tales, a tensão aumentou.

A responsabilidade dobrou.

Preciso educá-los.

Quero dançar a valsa de 15 anos com minha filha.

Levar meu filho a um estádio de futebol.

Espero casá-los.

Ser avô.

Um pai e marido cada vez mais presentes.

Só que tudo passa pelas minhas escolhas e tomada de decisões.

Projeto Idoso bem Cuidado. Foto: Reprodução/Instagram

Quero envelhecer como essas senhoras.

Que fazem parte do projeto “Idoso bem Cuidado”.

Comandado pela Barbara Lemfers.

Aulas acontecem duas vezes por semana. Foto: Reprodução/Instagram

Que oferece aulas gratuitas para mulheres acima de 60 anos.

Todas as terças e quintas, às 8h.

Na academia Hollywood Fit.

Os treinos são comandados pela professora Barbara (de costas). Foto: Reprodução/Instagram

No Clube Centenário no bairro Garcia.

Projeto Correr para Incluir também é coordenado pela professora Barbara. Foto: Reprodução/Instagram

Espero um dia poder ter a sensibilidade e o altruísmo dos voluntários que fazem parte do outro programa da professora Barbara, o “Correr para Incluir”.

Trabalho essencial dos pais e voluntários. Foto: Reprodução/Instagram

É tanto amor e dedicação envolvidos que me sinto envergonhado por contribuir tão pouco (produzi uma matéria para a NDTV) com ações como essas.

Grupo realiza ações como rifas e Pix solidário para a compra de cadeiras. Foto: Reprodução/Instagram

Sair da zona de conforto é complicado.

Não tem coisa mais desagradável do que ir a um compromisso forçado, por obrigação.

Mesmo assim, sempre se pode tirar algo positivo.

Nos treinos, por exemplo, após a conclusão, a sensação é de dever cumprido e bem estar, com a liberação da endorfina e de outros hormônios estimulados pelo corpo.

Que vai te ajudar no decorrer do dia.

No trabalho, no humor, no relacionamento, no sexo, no futebol…

Participação ao vivo no Balanço Geral Estado da NDTV. Foto: Arquivo pessoal

Sempre fui um cara desleixado e despreocupado.

Comigo e com o que os outros pensam.

O típico filho solteiro que mora com os pais.

A partir do instante que entrei para a televisão tive de mudar a rotina.

Continuava fora de forma e inchado (perfil que fugia aos padrões de repórteres e apresentadores magérrimos, acostumados a comer alface e frango grelhado).

Com Sylvio Júnior durante a pandemia. Foto: Arquivo pessoal

Foi preciso alguém me alertar para repensar os hábitos e vícios.

Como sobrepeso e postura na frente das câmeras.

Em 2019, Sylvio Júnior me incentivou e me puxou.

Desde o início deixei claro para ele – e posteriormente para os demais professores de educação física – que não seguiria nenhuma planilha ou cartilha.

Que não tinha nenhum propósito de me tornar atleta.

Meu objetivo era, principalmente, desinchar.

Ser saudável.

A barriga de cerveja, chegamos à conclusão, sofreria o menor impacto, pois não tem jeito, adoro uma gelada.

Tomando uma com meu mano Jefe. Foto: Arquivo pessoal

Sylvão foi muito importante nesse processo.

Mas a logística era complicada.

Precisava atravessar a cidade para ir até o Zendron.

Antes, passava no Tribess para pegar minha mãe, que foi grande parceira nessa arrancada.

Tive de procurar um local mais próximo de casa.

Foi quando prontamente o Everson de Oliveira (Preto) aceitou minha proposta de parceria.

Treino funcional na VO2 Artes Marciais com o comando de Everson de Oliveira. Foto: Arquivo pessoal

Estou lá até hoje (dona Irma desistiu por causa justamente dessa engenharia no trânsito).

No mesmo período, fechei acordo com Sandro Stéfano, para utilizar suas aerobikes. 

Estou firme lá também.

Feliz com o resultado e com o profissionalismo da dupla, que atende minhas “exigências” com toda paciência e expertise.

Com Sandro Stéfano na TFT. Foto: Arquivo pessoal

Rogo a Deus para que Ele me permita seguir em frente.

Focado e motivado.

Com saúde clínica e emocional.

Cercado de gente do bem.

Para realizar todos os desejos e planos que ainda estão por vir.

Turma da saideira na Patota 5ª Tentativa no Planet Ball. Foto: Arquivo pessoal

Emerson Luis é jornalista. Completou sua graduação em 2009 no Ibes/Sociesc. Trabalha com comunicação desde 1990 quando começou na função de setorista na Rádio Unisul – atual CBN. Atualmente é comentarista do Programa Alexandre José, na Rádio Clube FM 89.1, nas segundas, quartas e quintas-feiras, às 7h40. Também atua como apresentador, repórter e produtor no quadro de esportes do Balanço Geral da NDTV RecordTV Blumenau. Além de boleiro na Patota 5ª Tentativa. 

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