Honda e Nissan buscam fusão bilionária para enfrentar desafios dos veículos elétricos

As gigantes japonesas Honda e Nissan deram início a uma parceria histórica com a assinatura de um acordo que deve culminar na fusão de suas operações até agosto de 2026. O anúncio oficial, feito nesta segunda-feira (23), também inclui a Mitsubishi Motors, na qual a Nissan possui 24,5% de participação. A união criará a 3ª maior montadora do mundo, com vendas anuais superiores a 8 milhões de veículos, ficando atrás apenas de Toyota e Volkswagen.

A fusão reflete uma resposta à crescente pressão por avanços tecnológicos e à necessidade de competitividade em um setor que avança rapidamente em direção aos veículos elétricos. O novo conglomerado terá como objetivo compartilhar linhas de produção, aumentar eficiência e integrar projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D).

O contexto

O acordo surge em um momento desafiador para a Nissan, que enfrenta quedas significativas em lucros e receitas. No semestre fiscal encerrado em setembro, a empresa registrou uma queda de US$ 540,93 milhões na receita e viu seu lucro operacional reduzir em US$ 2,08 bilhões. Além disso, a montadora tem lidado com modelos defasados no mercado americano e uma forte concorrência na China, onde veículos elétricos e híbridos plug-in estão ganhando destaque.

Apesar do cenário difícil, o CEO da Honda, Toshihiro Mibe, deixou claro que a provável fusão não é um resgate da Nissan, mas uma forma de otimizar recursos e competir globalmente no desenvolvimento de novas tecnologias.

Impactos e objetivos da parceria

A fusão entre Honda e Nissan promete revolucionar a dinâmica do setor automotivo. Com o mercado americano sendo o principal foco das duas marcas, ajustes estratégicos, como redução de linhas de modelos e possíveis cortes de empregos ou fechamento de fábricas, podem ser necessários para alinhar as operações do novo conglomerado às demandas do consumidor.

Além disso, a Honda terá controle majoritário na nova empresa. A companhia será responsável por indicar a maioria dos diretores, incluindo o CEO do grupo combinado. A Honda, que prevê um lucro líquido de US$ 6 bilhões neste ano, aparece como a força dominante no acordo.

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