Opinião: “os R$ 0,15 mais caro da história”

Na semana o Banco Central gastou mais de US$ 16 bilhões em leilões à vista para conter a alta do dólar. O reflexo aparente é de que o custo seja maior do que o benefício. Uma intervenção dessa magnitude havia ocorrido no final de 2013 quando então ministro da Economia, o ¨simpático¨ Guido Mantega, que por sinal, teve seu nome ventilado recentemente para presidir a Vale. Por questões óbvias, o mercado vetou veementemente. Atualmente o ex-ministro deve estar concorrendo ao cargo de síndico do seu condomínio com fortes chances de rejeição. Mais recentemente, outra forte intervenção foi feita na pandemia, detalhe, na época foi um movimento de todos os Bancos Centrais. Só na quinta-feira (19/12), o mercado enxugou os US$ 3 bilhões + US$ 5 bilhões ofertados pelo BC, o que fez a moeda fechar em baixa de US$ 0,10 centavos em relação ao ajuste do dia anterior, mostrando o apetite pelo dólar e aversão ao cenário fiscal. Na sexta-feira 20,12, foram despejados mais US$ 3 bilhões, deixando o ativo no patamar de R$ 6,10.

Gabriel Galípolo como diretor, tem em seu departamento a liderança como função, em fazer tais intervenções. A partir de 2025 no cargo de presidente, Galípolo deve ter sua independência ¨assintomática¨ comprometida pelo governo. Isso já ficou explícito quando o ministro Fernando Haddad veio nas entrelinhas e de forma clara, dizer que o BC tem todo o direito de fazer leilões quando bem entender. O famoso ¨gente, me ajuda!¨. Com esse canhão disparado pelo BC na semana, foram gasto 5% do total de suas reservas, um montante significativo para uma queda pífia. Será que a estratégia deve ser mantida nos próximos dias? Até o momento, lá fora não está ajudando muito, com diminuição de cortes pelo FED para o próximo ano e aversão geral à renda variável. A combinação do mau momento interno e externo, pode contribuir para uma maior diminuição das reservas cambias brasileira. Vale lembrar ao governo que nunca na história deste País o dólar havia batido R$ 6,30.

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