Caso Joaquim: interrogatórios de Natália Ponte e Guilherme Longo encerram 5º dia do júri; veja como foi

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Depois de serem ouvidas oito testemunhas, mãe e padrasto do menino encontrado morto no Rio Pardo, em 2013, responderam a perguntas da acusação, advogados e juiz. Ex-padrasto da criança falou de problemas com drogas e caso de homofobia. Tribunal do júri no Fórum de Ribeirão Preto, SP
Marcelo Moraes/EPTV
Depois de pouco mais de 11 horas, o quinto dia do júri da mãe e do padrasto acusados pela morte do menino Joaquim Ponte Marques terminou com a conclusão dos depoimentos, além dos interrogatórios dos réus Natália Ponte e Guilherme Longo, antecipados para esta sexta-feira (20), em Ribeirão Preto (SP).
Até o início da tarde, os sete jurados ouviram um total de oito testemunhas, entre peritos, psicóloga, uma especialista em insulina e amigas de Natália antes do momento mais esperado do julgamento, quando os acusados começaram a responder às perguntas dos advogados e da Promotoria.
Em seu depoimento, Natália confirmou acreditar que o ex-companheiro matou a criança. Na sua vez de falar, Guilherme alegou um episódio de homofobia não relacionado à morte do menino, assim como sobre o problema que tinha com o uso de drogas e confirmou a versão de que fugiu para a Espanha após ser ameaçado por criminosos em Ribeirão Preto.
Com o encerramento das testemunhas e dos interrogatórios, o júri do Caso Joaquim chega ao sexto dia neste sábado (21) para o debate entre acusação e advogados de defesa, além da expectativa da decisão final por parte dos jurados. A sessão deve começar às 10h, com previsão de se estender por cerca de nove horas.
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FOTOS: julgamento de Natália Ponte e Guilherme Longo
Como foi o quinto dia de júri
Os trabalhos começaram no Fórum de Ribeirão Preto às 10h, com nove testemunhas no cronograma.
Os primeiros a falarem aos jurados foram três peritos, entre eles o que analisou computadores apreendidos na casa de Joaquim após o desaparecimento dele, além de uma profissional que avaliou a insulina na caneta que era dada ao menino, que tinha diabetes.
Na sequência, foi a vez da especialista em insulina e fundadora da Associação Pró-Diabético de Ribeirão Preto, Adriana Jorge de Souza.
Ao júri, ela afirmou que Natália Ponte era ótima mãe e que deixaria Natália cuidar do filho dela se fosse diabético. A série de depoimentos foi encerrada com Letícia Santini Nunes, amiga de Natália Ponte.
Desde segunda-feira (16), quando o júri começou no Fórum de Ribeirão Preto, SP, nenhuma imagem de Guilherme Longo pode ser feita
Érico Andrade/g1
A psicóloga Daniele Maria Zeoti, prevista inicialmente, foi dispensada. Na época do crime, logo após a prisão do casal, ela passou 17 horas com Guilherme Longo e dez horas com Natália Ponte no âmbito do inquérito policial. Porém, naquele momento, não havia pedido da Polícia Civil ou autorização judicial para a participação dela na apuração.
Interrogatório de réus durou 7 horas
Às 14h começaram os interrogatórios, com os réus ouvidos separadamente para que nenhum pudesse acompanhar a fala do outro.
Primeira a falar, Natália Ponte respondeu a perguntas de advogados, juiz e Promotoria por três horas e entrou em contradição com declarações dadas na época do inquérito policial.
Ao júri, ela negou, por exemplo, que Guilherme Longo tinha comportamento agressivo com homossexuais. Ela também afirmou que não se lembra de vários fatos, mas acabou por dizer que acredita que o ex-companheiro matou Joaquim.
Por volta das 17h45, Longo começou a ser interrogado e o depoimento dele durou 3h30. Enquanto era questionado pelos advogados, o acusado falou sobre a relação com os pais e o consumo de drogas.
Guilherme Longo, padrasto de Joaquim em 2013, e Natália Ponte, mãe do menino Ribeirão Preto
Acervo EP e Érico Andrade/g1
Ele também disse que chegou a agredir uma transexual, afirmou que chegou a ser faixa roxa no jiu-jitsu e que treinava em uma academia, onde aprendeu técnicas avançadas de estrangulamento.
Durante o depoimento, Guilherme Longo também alegou que fugiu para a Espanha, quando conseguiu um habeas corpus em 2017, porque tinha sido ameaçado por traficantes em Ribeirão Preto. Isso ocorreu, segundo ele, depois de conceder uma entrevista a uma emissora de TV.
O menino Joaquim Ponte Marques foi encontrado morto cinco dias após desaparecer da casa onde morava em Ribeirão Preto
Reprodução
Após um breve intervalo, começou o interrogatório da promotoria, mas um embate entre réu e o promotor de Justiça Marcus Túlio Nicolino fez com que a defesa de Longo orientasse o cliente a deixar de responder os questionamentos.
O depoimento dele terminou às 21h15, após 3h30.
O julgamento de Natália e Longo será retomado neste sábado (21), quando acusação e defesa falam aos jurados.
A previsão é de que a decisão que vai condenar ou inocentar os acusados da morte de Joaquim saia até o fim do dia.
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