Unicamp: greve de estudantes chega ao fim após reitoria aceitar reivindicações

Em encontro realizado nesta sexta com integrantes da comissão de negociação constituída pela Reitoria, representantes do movimento estudantil aceitaram as propostas da administração sobre as reivindicações. Estudantes em greve na Unicamp
Divulgação
Chegou ao fim a greve de estudantes na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A informação foi divulgada pela própria universidade na noite desta sexta-feira (20). Os estudantes passaram 17 dias paralisados.
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De acordo com a Unicamp, em encontro realizado nesta sexta com integrantes da comissão de negociação constituída pela Reitoria, representantes do movimento estudantil aceitaram as propostas da administração sobre as reivindicações.
“A partir da concordância mútua, foram elaborados ajustes, estabelecidos prazos e formadas comissões de acompanhamento para cada item da pauta”, informou a Unicamp.
Os representantes discentes, autorizados por decisão de assembleia geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), decidiram pelo fim da greve e se comprometeram a desocupar o prédio do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc) ao longo do final de semana, segundo a Unicamp.
“Um comunicado sobre as iniciativas que serão tomadas, a partir da negociação, será enviado ao conjunto da comunidade acadêmica. A Reitoria reitera seu compromisso com o diálogo, com a democracia e com a busca por uma universidade plural e inclusiva”, pontuou a universidade.
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Protesto e confusão
Na terça-feira (3), trabalhadores e estudantes da Unicamp fizeram um ato em protesto contra a privatização de órgãos estaduais e a precarização das instituições públicas de ensino.
Na mesma manhã, um professor da Unicamp mostrou uma faca para um aluno durante uma confusão. O estudante afirma que o docente o agrediu e tentou esfaqueá-lo durante uma manifestação. Já o professor Rafael de Freitas Leão alega que agiu em legítima defesa.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, é possível ver o momento em que o docente e outro aluno aparecem brigando no chão, enquanto estudantes gritam e questionam: ‘esfaqueou?’.
Professor foi afastado das atividades
Codeputada Mônica Seixas publicou vídeo da agressão
Redes Sociais/Reprodução
O professor foi afastado das atividades didáticas do segundo semestre desse ano. A informação foi divulgada pelo Conselho Interdepartamental do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC). Em nota, o órgão também disse que lamenta e repudia os atos de violência praticados pelo docente.
Questionados sobre a decisão, os advogados de Rafael responderam que, “ao entender da defesa, o afastamento do professor das atividades é extremamente prematuro, sem que se haja uma análise apurada da realidade que ocorreu”.
No texto, o IMECC afirmou ainda que sugeriu na segunda-feira (2), por causa da paralisação, que os docentes considerassem a possibilidade de suspensão das aulas no dia seguinte. A sugestão, contudo, não foi acatada por Leão.
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