Israel começa a apresentar planos para o futuro da Faixa de Gaza depois da guerra contra o Hamas

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O ministro da defesa israelense detalhou os planos da ofensiva em Gaza e disse que Israel não pretende controlar a vida na região depois de destruir o Hamas. Israel começa a apresentar planos para o futuro da Faixa de Gaza depois da guerra contra o Hamas
Jornal Nacional/ Reprodução
O governo de Israel começou nesta sexta-feira (20) a apresentar planos para o futuro da Faixa de Gaza depois da guerra contra o Hamas.
Enquanto esperam a ordem para invadir a Faixa de Gaza por terra, militares israelenses continuam bombardeando alvos do Hamas. As forças israelenses afirmam que, só nesta sexta, atingiram mais de 100 túneis, depósitos de munição e quartéis-generais, e que um dos mísseis matou Amjad Majed Muhammad, chefe das forças navais do Hamas e que participou dos atentados de 7 de outubro, e o engenheiro responsável pelos armamentos do grupo.
Israel também confirma ter bombardeado uma mesquita em Jabaliya, que servia como depósito de armas, posto de observação, e ponto para mobilização de militantes do Hamas.
O patriarca ortodoxo grego em Jerusalém disse que um dos ataques atingiu a Igreja Cristã Ortodoxa de São Porfírio em Gaza. O local era usado como abrigo por cerca de 500 civis, a maioria, cristãos. O Ministério da Saúde do Hamas fala em 18 mortos. O Exército israelense afirma que o alvo era um depósito de armas do grupo terrorista próximo dali, e que vai investigar o episódio.
O Hamas fala em 4.137 mortes na Faixa de Gaza. Os militares israelenses dizem que muitos dos mortos são vítimas de foguetes disparados pelas facções palestinas, como Hamas e Jihad Islâmica, e que caíram no próprio território de Gaza. Segundo Israel, foram 450 como o que provocou uma explosão em um hospital na terça-feira (17).
Os mísseis israelenses atingiram também o sul de Gaza, para onde mais de 1 milhão de palestinos foram instruídos a procurar segurança. A Joumana vive em Khan Younis. A casa dela foi totalmente destruída. Ela conta que foi salva pelos vizinhos. “Nós acordamos e vimos a destruição, não tem lugar seguro nessa área”, disse ela.
Nesta sexta, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, detalhou os planos da ofensiva em Gaza e disse que ela deve ter três fases:
A atual, com ataques aéreos e, depois, por terra, para eliminar agentes e destruir infraestrutura do Hamas;
A segunda, de combates menores, contra bolsões de resistência;
E a última, segundo ele, para criar um novo regime de segurança, onde o Hamas não controle nenhum aspecto da vida de Gaza;
O ministro não deu detalhes sobre a nova estrutura de governo do território de 2 milhões de palestinos, mas disse que Israel não pretende controlar a vida em Gaza depois de destruir o Hamas.
Israel já identificou os corpos de 758 civis e 306 soldados mortos nos ataques de 7 de outubro. Muitos dos corpos estão carbonizados ou mutilados, o que dificulta a identificação.
Em Tel Aviv, parentes dos reféns prepararam uma mesa especial para o jantar do shabat, o dia de descanso dos judeus, com lugares vazios para cada um dos 203 sequestrados.
O militar diz que a quantidade de armamento indica que os terroristas pensavam em ficar muito tempo em território israelense. O que está ali é cerca de 1% do total, o resto já foi encaminhado para destruição: lançadores de granadas, minas terrestres, detonadores, vários explosivos, até foguetes antiaéreos.
Nesta sexta-feira (20), as sirenes voltaram a soar nas cidades ao sul de Israel, como em Ashkelon, a 15 km da fronteira com a Faixa de Gaza. Yoham está voltando para Holom depois de não conseguir convencer o pai a deixar a casa em Ashkelon. Muitos moradores já deixaram a cidade. Shoshana passa o dia com o filho porque não tem um bunker para se abrigar. À noite, quando as sirenes tocam, se protege escolhida na lavanderia.
Conflito Israel-Hamas pode se espalhar para outros países?
No norte de Israel, as Forças de Segurança afirmam que usaram drones e atiradores de elite para responder a ataques com morteiros na fronteira com o Líbano.
Por causa dos ataques constantes, o governo israelense mandou os moradores deixarem a cidade de Kiryat Shmona, no norte do país. Foi lá que na quinta-feira (19), três pessoas ficaram feridas no ataque de um foguete do Hezbollah.
“Quando era criança, nos anos 2000, cresci com as bombas contra Kiryat Shmona”, conta Omri – que agora mudou com a família para o centro do país.
“Agora, todos estão tendo que lidar com os foguetes. mas aqui onde estou também tem foguetes. Eles estão por tudo”, diz Omri.
Desde o início da ofensiva contra o Hamas, quase 30 comunidades do norte de Israel já foram esvaziadas. Diante da tensão na fronteira, vários países como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Bélgica pediram para seus cidadãos deixarem o Líbano.
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