Maior operadora de microfinanças do Brasil é catarinense e completa 25 anos em outubro

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Foi da união de forças de empresários e do poder público que nasceu a instituição que hoje é reconhecida como a maior operação de microfinanças do Brasil. Em 1998, uma iniciativa da Associação Comercial e Empresarial de Lages (Acil), com o apoio da Prefeitura Municipal de Lages, angariou um fundo de R$ 200 mil para iniciar concessões de crédito na região. O então chamado Banco da Mulher surgia com o propósito de fornecer recursos para gerar oportunidades de trabalho e renda em um período de crise econômica.
“A criação da instituição beneficiou autônomas, donas de casa, empreendedoras formais e informais de pequenos negócios, fortalecendo as comunidades e criando oportunidades de crescimento e melhoria das condições de renda. Essas concessões de crédito eram acompanhadas por visitas de orientação, realizadas por agentes de crédito, profissionais capacitados que apoiavam as empreendedoras antes, durante e após a obtenção do empréstimo. Essa abordagem fez toda a diferença na expansão do atendimento e na qualidade desses empréstimos”, conta a diretora de mercado do Banco da Família, Elaine Amaral Fernandes.
Elaine Amaral Fernandes, diretora de mercado do Banco da Família
Divulgação
Em 2003, a instituição passou a se chamar Banco da Família, ampliando sua oferta de crédito para atender a todos os públicos. No entanto, mesmo com a mudança de nome, suas ações continuam focadas no público feminino. Atualmente, 54% dos clientes são mulheres. Além disso, a equipe do banco é composta por 85% de mulheres que desempenham papéis em diversas áreas, desde a presidência até os conselhos e diretorias.
Mas, afinal, o que é o Banco da Família?
O Banco da Família é uma instituição sem fins lucrativos, formada por uma associação chamada Associação Brasileira para o desenvolvimento da Família – Banco da Família, registrada como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público).
“Temos nosso funcionamento autorizado e regulamentado pelo Ministério da Justiça através da Lei n.º 9.790. Utilizamos este nome para estarmos mais próximos e dar clareza ao nosso público-alvo, por trabalharmos com recursos financeiros, mas concedemos apenas crédito. Não possuímos conta corrente, nem fazemos captação de recursos de nossos clientes e nem poupança, apenas o crédito”, explica a diretora.
Uma instituição movida à propósito
Mais do que conceder crédito, o Banco de Família afirma o compromisso social de transformar vidas. Isso se dá através da assistência e do acompanhamento dos clientes, oferecendo o suporte necessário para a utilização dos recursos.
“Nossa missão é clara e apaixonante: promover a melhoria da qualidade de vida atuando como agentes de inclusão, desenvolvimento e transformação social através das microfinanças. Concentramos nossos esforços em áreas com baixos índices de desenvolvimento econômico e social, onde, por meio de nossos agentes, acompanhamos empreendedores – em sua maioria informais -, que estão excluídos do mercado financeiro convencional”, afirma Elaine.
Diferente dos bancos tradicionais, o BF, através de levantamentos socioeconômicos, coleta dados que permitem acompanhar a jornada das famílias através do tempo. Isso permite, ainda, a criação de vínculos e incentiva o senso de pertencimento das comunidades com empreendedorismo social. Os agentes da instituição estão inseridos no contexto dos clientes, o que permite conhecer a fundo as necessidades de cada um e então fornecer o subsídio de acordo com a realidade individual.
A instituição é ancorada no propósito da transformação social
Divulgação
“Nossa metodologia se estende além da análise financeira. Não consideramos apenas o CPF, mas olhamos para o contexto familiar como um todo. Desde o início, fomos entendendo que essas pessoas estavam à margem do sistema tradicional e que, com o nosso apoio e seus esforços, poderiam causar um impacto econômico e social significativo nas regiões em que atuavam. Por isso, decidimos ampliar o nosso portfólio de produtos. Nosso objetivo não é apenas aumentar a renda e promover o crescimento de seus negócios, mas também melhorar a qualidade de vida de suas famílias”, reforça a diretora.
“Como alguém pode ser produtivo se suas necessidades básicas não são atendidas?”
O Banco da Família destaca a realização das visitas dos agentes como um dos pontos-chaves para o sucesso nesses 25 anos de história. E, nesse contexto, o sucesso não é apenas da instituição, mas sim da transformação de milhares de vidas que contaram com a concessão de crédito, tanto no âmbito profissional quanto pessoal, para melhorar a própria realidade.
“Com um foco especial nas necessidades identificadas por nossos agentes de crédito durante suas visitas aos empreendedores, percebemos que ser produtivo não se resume apenas à renda e ao sucesso do negócio. Também inclui a melhoria das condições de vida, moradia e bem-estar de toda a família. Afinal, como alguém pode ser produtivo se suas necessidades básicas não são atendidas?”.
Com isso, ao longo dos anos e com base nos diagnósticos realizados in loco, a instituição ampliou o leque de oportunidades de crédito, indo além do microcrédito e também oferecendo soluções de microfinanças.
“Observamos que a configuração da situação era semelhante em outras cidades e estados, o que nos levou a reconhecer que poderíamos levar nossa missão a um número ainda maior de pessoas. Foi a partir desse momento que começamos a ampliar nossa atuação geograficamente”.
Abrangência do BF
Atualmente, o Banco da Família está presente nos três estados do Sul do Brasil, atendendo a uma base de mais de 25 mil clientes ativos. A abrangência se estende a mais de 235 municípios, com a realização de aproximadamente 2 mil operações por mês, oferecendo um amplo portfólio com mais de 15 produtos microfinanceiros.
“Além dos produtos de crédito, também temos uma área dedicada à responsabilidade social. Essa área não se limita apenas a atender nossos clientes, mas estende-se a empresas, escolas e à comunidade em geral. Nosso compromisso é levar informação, sensibilização e educação financeira, além de promover formas de transformar positivamente nossa realidade de diversas maneiras”.
Trajetória reconhecida internacionalmente
O Banco da Família acumula reconhecimentos. Confira alguns títulos atribuídos à instituição:
– Conceito B+: Esta foi uma das pri­meiras conquistas do BF. Em 2003, a instituição obteve o conceito B+ após avaliação da organização francesa Planet Finance, sendo classificada entre as melhores instituições avaliadas no Brasil e América Latina.
– “The 100 Top”: Em 2010 o Banco da Famí­lia foi Incluído pela primeira vez no ranking “The 100 Top”, publicação do Banco Intera­mericano de Desenvolvimento (BID), que analisa as instituições do gênero mais bem pontuadas da Amé­rica Latina e do Caribe.
– Certificado de Transparência: Também em 2010, o Banco da Família recebeu o Certificado de Transparên­cia por alcançar cinco diamantes no MIX Market, símbolo de transparência, qualidade e confiabilidade e ainda foi considerado modelo para o país, pela Comissão de Inclusão Financei­ra (Sebrae Nacional, Banco Central e Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento).
– Instituição de Microfinanças Inovadora: Em 2014 BF foi premiado como Instituição de Microfinanças Ino­vadora de 2014 com o case Academia BF (Prêmio Citi/Citibank – programa de capacitação continuada, destinado a desenvolver a excelência humana e profissional dos colaboradores da instituição.
– Top 5 melhores instituições da AL: Em 2016 foi avaliado como uma das cinco melhores instituições do setor na América Latina e Caribe, pelo instituto internacional MicroRate, nos desempenhos financeiros e so­cial.
– Comenda do Mérito Legislativo: Conquistada em 2018, essa é a maior honraria concedida pela Assem­bleia Legislativa de Santa Catarina. Visa reconhecer a atividade de pessoas físicas, jurídi­cas e outras entidades que, no campo de suas atribuições, realizam ações relevantes e de destaque em Santa Catarina, em prol da sociedade,
– Melhor do Brasil: Em 2021 a instituição foi classificada como a terceira melhor no ranking mundial e primeira do Brasil entre as instituições de microfinanças avaliadas pela Microrate. A instituição obteve avaliações A- e 4,5 estrelas entre 204 participantes no mundo.
– Great Place to Work: Em 2023, o BF foi certificado pelo GPTW, sendo considerado um dos melhores lugares para se trabalhar – com avaliação dos próprios colaboradores.
Para Elaine, essa coleção de títulos é sinônimo de orgulho. Mas, o que evidencia o sucesso dessa jornada são as pessoas diretamente impactadas pela instituição.
“Tivemos muitos outros reconhecimentos ao longo de nossa história, mas o principal foi ter conseguido tirar o sonho de 1998 do papel e estar hoje impactando mais 1.700.000 pessoas através de nosso trabalho, levando oportunidade e geração de renda e desenvolvimento social a quem mais precisa”, destaca a diretora.
Para o futuro
De acordo com dados da PNAD, detalhados no estudo do SEBRAE (2022), intitulado “Atlas dos Pequenos Negócios”, o Brasil conta com quase 30 milhões de empreendedores informais. Além disso, de acordo com a pesquisa “Global Entrepreneurship Monitor (GEM)”, que é a principal pesquisa sobre empreendedorismo no mundo, realizada em mais de 115 países, o Brasil se destaca, com 30,4% da população adulta (entre 18 e 64 anos) envolvida com empreendedorismo, conquistando a 5º posição no ranking global entre os países que participaram da pesquisa.
Esses dados demonstram o grande potencial do mercado, e que permitem que o Banco da Família trace planos ainda maiores de desenvolvimento para o futuro. Aliando o conhecimento, experiência e know-how da instituição com a demanda existente, a expectativa é de ampliar os números – já expressivos – e contribuir com o fortalecimento do empreendedorismo social.
“Notamos uma oportunidade significativa para fornecer acesso ao crédito a esses empreendedores e ajudá-los a crescer e expandir nossas operações a mais lugares”, finaliza a diretora.
Quer saber mais sobre o Banco da Família? Acesse www.bf.org.br e conheça os produtos e projetos da instituição.

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