Investir em análises ajuda a reduzir custos de produção na fruticultura

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Dados orientam uso racional de produtos e evita desperdício. Investimento em análise contribui para a redução de custos e ampliação de resultados
Aline Oliveira/Vereda Comunica
Fazer análise de solo, folhas, amido e microbiológica é apontado como uma das principais estratégias para reduzir custos na fruticultura desenvolvida no Vale do São Francisco. A orientação é da equipe técnica da Seiva do Vale, que justifica: as análises oferecem dados concretos sobre a situação real da planta e solo, indicando o que de fato precisa ser corrigido. Assim, o produtor evita o uso de produtos desnecessários e, portanto, reduzindo custos.
A preocupação motivou a realização do I Workshop do Agro, promovido pelo Senar deJuazeiro no dia 30 de setembro no Centro de Excelência da Fruticultura. O evento promoveu um debate sobre como reduzir custos e ampliar a produtividade na fruticultura do Vale do São Francisco e contou com o apoio da Seiva do Vale. A programação foi coordenada por alunos do curso técnico de Agronegócio do Senar.
Situação exata
Para se ter ideia, a análise de solo vai indicar o correto uso de fertilizantes, em quantidade precisa. Já a análise de folha indica a performance da adubação e se é necessário correção ou não e em que volume. Já a análise de seiva mostra quantos ppm de potássio tem no pecíolo, o que muda de acordo com a variedade da uva. E a análise de amido apresenta o acúmulo de reservas disponíveis, indicando se é necessário fazer reposição e como vai ser o reflexo no próximo ciclo.
Uma outra análise que deve estar disponível ainda este ano para o produtor do Vale é a de microbiológica, que identifica as enzimas presentes no solo, que falam sobre a “quantidade de vida” que existe nele. Assim, é possível fazer correções precisas para garantir uma quantidade adequada de microrganismos no solo e a biodiversidade.
Serviço pouco usado
Apesar da sua importância, a cultura de fazer análises de solo, folha e fruto no Vale do São Francisco ainda está longe de atingir seu potencial. Estima-se que sejam realizadas 70 mil análises por ano no Vale, envolvendo todos os laboratórios da região e contabilizando também manga e melão.
Enquanto isso, os técnicos da Seiva do Vale estimam que o potencial seria de 120 mil análises só de uva. Considerando o potencial total, com as várias culturas da região, o número de análises não atende a 30% do esperado, dizem os técnicos.
Essa virada é possível justamente porque, com o resultado em mãos, os técnicos da Seiva do Vale podem verificar se o problema está no solo, orientando para o uso de adubos líquidos, com os nutrientes que estão deficitários. Se o solo está bem, mas as folhas não recebem o que está nele, é possível fazer uma combinação de produtos ativadores, que favorecem a absorção do que está disponível na rizosfera. E ainda é possível usar adubos foliares com tecnologia dos multi-quelatos, que oferecem resultados rápidos.

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