Quase 50 anos depois, sonda Voyager 1 retoma o contato. Confira!

Em um feito impressionante de engenharia e resiliência, a espaçonave Voyager 1, lançada pela NASA em 1977, estabeleceu comunicação novamente após um problema técnico ter interrompido o contato. A situação, que traz à tona o valor dessa missão histórica, desafia os engenheiros a identificar soluções para mais de 24 bilhões de quilômetros de distância. A Voyager 1, a mais distante sonda da Terra, continua sua missão explorando o espaço interestelar e enviando dados cruciais.

A equipe enfrenta dificuldades devido ao envelhecimento do equipamento e de tecnologia ultrapassada, o que levou à suspensão gradual de alguns componentes vitais para economizar energia. Esses desafios são apenas alguns enfrentados pela equipe em sua missão de manter ativa a mais lendária exploradora do cosmos, enquanto buscam garantir a continuidade das comunicações com esta importante sonda.

Como a Voyager 1 Está Sendo Acometida por Problemas Técnicos?

Recentemente, a Voyager 1 passou por um apagão nas comunicações, resultado de uma possível falha no sistema de proteção autônoma de falhas da espaçonave, que desativou operações essenciais para preservar energia. Quando uma instrução para ativar um aquecedor foi emitida a partir da Terra, acionou-se indevidamente este sistema de proteção, culminando na interrupção do contato.

Tal sistema visa poupar energia, desativando funções não imprescindíveis quando a nave usa mais energia do que deveria. Mensagens de comando são normalmente enviadas pela NASA a partir de seu Laboratório de Propulsão a Jato na Califórnia, utilizando a Deep Space Network. Essa infraestrutura de antenas de rádio permite a comunicação com a Voyager 1, sua sonda gêmea Voyager 2 e outras espaçonaves.

Qual é o Papel dos Transmissores de Rádio na Voyager 1?

A Voyager 1 contava tradicionalmente com um transmissor de rádio X-band, cuja frequência é utilizada desde seu lançamento. No entanto, uma falha recente obrigou o uso do transmissor S-band, não ativado desde 1981, devido a seu sinal mais fraco. A decisão de usar o S-band mudou temporariamente a natureza do sinal transmitido, dificultando a detecção pela NASA.

Após detectar novos sinais de falhas, os engenheiros suspeitam que o sistema de proteção tenha desativado o transmissor X-band e mudado para o S-band. Apesar das limitações, o transmissor mais fraco foi eventualmente localizado, permitindo que a equipe enviasse comandos para restabelecer o contato parcial, essencial para manter a comunicação com a Terra.

Como a NASA Está Trabalhando para Solucionar Esses Desafios?

A equipe da Voyager 1 está adotando uma abordagem cautelosa para investigar as causas do acionamento do sistema de proteção, antes de carregar ou restaurar totalmente o transmissor X-band. Isso pode demorar semanas até que informações completas possam ser recuperadas.

Enquanto isso, esforços estão sendo direcionados a garantir que o transmissor S-band continue viável para o envio de comandos. A equipe reafirma que essa não é uma solução de longo prazo devido à incapacidade do S-band de transmitir dados científicos detalhados, indispensáveis à continuidade da missão exploratória da Voyager 1. Hoje com o avanço da tecnologia talvez seja capaz de colocar esta relíquia 100% novamente.

As estratégias criativas adotadas pela NASA incluem a ativação de antigos propulsores para manter a orientação da antena da sonda e tratamento de problemas técnicos que anteriormente silenciaram a transmissão de dados científicos por extendido período. Esses esforços destacam a engenhosidade contínua da NASA em prolongar a missão da Voyager 1, fornecendo valiosas informações sobre o cosmos.

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