Estudo revela: ricos no Brasil pagam menos imposto proporcional sobre rendimentos

Estudos recentes destacam um dado relevante e preocupante sobre a tributação no Brasil: cidadãos com maiores rendimentos acabam, proporcionalmente, pagando menos impostos em comparação aos trabalhadores de baixa e média renda. Esse fenômeno está ligado ao modelo tributário vigente, que aplica diferentes formas de cobrança sobre a renda, favorecendo grupos de alto poder aquisitivo. Neste artigo, explicamos o funcionamento do sistema e o impacto desse cenário para a economia e para a população.

A tributação no Brasil: quem paga mais e quem paga menos?

No sistema tributário brasileiro, a maioria dos impostos é indireta e incide sobre o consumo, afetando todos os cidadãos de forma igual. Assim, trabalhadores com menor renda acabam comprometendo uma parcela maior de seus ganhos do que aqueles de renda mais alta. Impostos diretos sobre grandes fortunas e patrimônios são escassos, o que contribui para um cenário onde a carga tributária é proporcionalmente mais leve para os mais ricos.

Mulher fazendo seu imposto de renda | Créditos: depositphotos.com / VIZAFOTO
Mulher fazendo seu imposto de renda | Créditos: depositphotos.com / VIZAFOTO

Principais impostos que incidem sobre a renda

A tributação sobre rendimentos no Brasil inclui impostos diretos, como o IR, e indiretos, como ICMS e ISS, que incidem sobre o consumo. Embora o Imposto de Renda seja progressivo, quem tem grandes rendimentos pode deduzir despesas e usufruir de isenções, reduzindo consideravelmente o montante devido. Além disso, a ausência de impostos sobre dividendos, por exemplo, também reduz o impacto tributário sobre os mais ricos.

Impostos principais sobre a renda e consumo:

  • Imposto de Renda (IR): aplicado de forma progressiva.
  • ICMS e ISS: aplicados no consumo de bens e serviços.
  • Isenções sobre lucros e dividendos: que beneficiam grandes fortunas.

Como essa desigualdade afeta a economia brasileira?

A desigualdade na cobrança de impostos tem efeitos significativos na economia do país, afetando, especialmente, as classes médias e baixas, que ficam com menos recursos para consumo e investimentos pessoais. Esse cenário perpétua a desigualdade, pois os mais ricos conseguem acumular patrimônio e investimentos com menor impacto tributário, enquanto a população de baixa renda contribui proporcionalmente mais, limitando seu potencial de crescimento econômico.

Propostas de reforma tributária e desafios

Em resposta a essa desigualdade, diversas propostas de reforma tributária têm sido discutidas, como a aplicação de impostos sobre lucros e dividendos e a criação de impostos sobre grandes fortunas. Esses ajustes visam criar um sistema mais justo e sustentável, mas enfrentam resistência política. Enquanto isso, a desigualdade na tributação continua sendo um desafio para a justiça social e para o crescimento econômico inclusivo.

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