Eleições nos EUA: o papel dos Colégios Eleitorais e dos Swing States

O processo eleitoral nos EUA é bastante diferente do brasileiro e gera dúvidas em muitos de nós. Por isso, A equipe da corretora digital Avenue, com sede nos EUA, explicou como funcionam as eleições norte-americanas, que são acompanhadas de perto pelo mundo todo.

Após a definição dos candidatos pelos partidos nas convenções nacionais, a eleição do presidente dos Estados Unidos ocorre por meio de um sistema indireto chamado colégio eleitoral. “Estabelecido pela Constituição americana em 1787, o colégio eleitoral é composto por 538 membros, conhecidos como “electors”. Para vencer, um candidato precisa conquistar ao menos 270 votos, correspondendo à maioria simples dos votos do colégio”, explica a equipe da Avenue.

O total de 538 membros é calculado somando-se os senadores, os representantes da Câmara dos Deputados e três membros designados ao Distrito de Colômbia (Distrito Federal dos EUA). Cada um dos 50 estados americanos possui uma quantidade de “electors” proporcional ao número de senadores e representantes da Câmara, de acordo com a população local.

Dessa forma, estados com maior população têm mais representantes no colégio eleitoral, refletindo a composição do Congresso dos EUA, onde cada estado tem dois senadores e um número variável de representantes na Câmara.

Apesar de os membros do colégio eleitoral representarem o estado, a Constituição dos EUA proíbe que senadores e representantes da Câmara atuem como “electors”. Assim, o número de membros do colégio eleitoral reflete a delegação congressista de cada estado, mas não necessariamente as mesmas pessoas.

A maioria dos estados adota o sistema “winner takes all” (“o vencedor leva tudo”), em que o candidato que obtém a maioria dos votos populares leva todos os votos do colégio eleitoral daquele estado. Esse modelo é seguido por 48 dos 50 estados e também pelo Distrito de Colômbia. As exceções são os estados de Maine e Nebraska, que distribuem seus votos conforme o resultado em cada distrito eleitoral, permitindo maior divisão dos votos.

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Um ponto que sempre gera algumas dúvidas entre os brasileiros é a possibilidade de um candidato conquistar a maioria dos votos populares (os votos diretos dos cidadãos, chamados de “voters”) e ainda assim perder a eleição por falta de maioria no colégio eleitoral.

Esse cenário, já ocorrido cinco vezes na história dos EUA, teve como exemplo recente a eleição de 2016, quando Donald Trump foi eleito presidente mesmo com Hillary Clinton obtendo a maioria dos votos populares.

Swing States

No sistema eleitoral dos Estados Unidos, os “swing states”, ou estados pêndulos, desempenham um papel decisivo. Com o modelo “winner takes all”, em que o vencedor de um estado leva todos os seus votos do colégio eleitoral, alguns estados têm resultados mais previsíveis.

No entanto, os “swing states” representam territórios onde o resultado é incerto, pois os eleitores tendem a oscilar de uma eleição para outra. O perfil indeciso desses estados torna-os foco das campanhas eleitorais, que investem recursos e estratégias para conquistar esses votos decisivos.

Para a eleição de 2024, são considerados estados pêndulos: Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin. Com uma votação acirrada e uma tendência variável, esses estados podem definir o rumo da eleição presidencial.

A votação popular para presidente está agendada para 5 de novembro. Nos dias subsequentes, o chefe da administração eleitoral de cada estado certifica os resultados locais e prepara a lista dos membros do colégio eleitoral. Em 17 de dezembro, na primeira terça-feira após a segunda quarta-feira de dezembro, os membros do colégio eleitoral se reúnem em seus estados para emitir seus votos formais.

Esse processo é seguido por uma contagem e certificação oficial dos votos em 6 de janeiro, em uma sessão conjunta no Congresso, onde o vencedor da eleição é declarado. Finalmente, a posse presidencial ocorre em 20 de janeiro (ou 21, caso a data caia em um domingo) no Capitólio, em Washington, D.C.

O colégio eleitoral é um modelo exclusivo para a eleição presidencial nos Estados Unidos. Para outros cargos, como o Congresso e os governadores, a votação é direta e baseada exclusivamente no voto popular. Esse modelo eleitoral, desenvolvido no século XVIII, levou em conta as dificuldades de comunicação e a extensão territorial dos EUA à época, surgindo como uma solução prática para a escolha indireta do presidente.

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