Desemprego jovem na China atinge 20% e preocupa economistas

A taxa de desemprego entre jovens na China alcançou quase 20%, o dobro do índice observado nos Estados Unidos, segundo dados recentes divulgados pela Bloomberg.

A economista Ariane Benedito, em participação o programa BM&C News, destacou que esse dado acende um alerta para a economia chinesa e reforça a necessidade de estímulos econômicos mais incisivos. “A economia chinesa precisa de um estímulo significativo, mas o governo tem optado por uma abordagem gradual, o que desagrada o mercado”, afirmou Benedito.

Embora os estímulos econômicos estejam sendo implementados, a economista avalia que os resultados entregues pela China estão aquém das expectativas projetadas para o início de 2024. “Os números não vêm alcançando as estimativas iniciais, e isso pressiona por um esforço adicional do governo chinês, principalmente diante do aumento do desemprego”, destacou Ariane. Segundo ela, o mercado esperava medidas mais rápidas e efetivas para impulsionar a retomada econômica.

Benedito também chamou a atenção para o impacto que a desaceleração chinesa pode ter no Brasil, especialmente nas exportações brasileiras. Até o momento, o desempenho positivo da balança comercial do Brasil não foi afetado, mas a economista alertou que o efeito da crise chinesa pode ser inevitável. “O temor é que, quando esse impacto chegar, ele venha em uma magnitude pior do que o esperado, colocando em risco os ganhos comerciais que o Brasil ainda apresenta”, acrescentou.

Por fim, a economista observou que, enquanto o governo chinês mantém o foco em resultados de longo prazo, os dados mistos da economia causam incerteza. “O mercado parece precificar menos esse risco do que os economistas têm alertado, principalmente diante dos sinais de fragilidade no mercado de trabalho chinês”, concluiu Benedito.

Assista a entrevista:

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