Caso Joaquim: delegado explica ao júri investigação que indiciou Guilherme Longo, mas eximiu Natália Ponte

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Paulo Henrique Martins Castro foi a primeira das oito testemunhas a falar no terceiro dia do julgamento do padrasto e da mãe acusados de matar o menino de 3 anos em 2013. ‘Não sou eu que vou julgar o meu trabalho’, disse o delegado, na saída do Fórum. Delegado do caso Joaquim fala à Justiça no terceiro dia de julgamento
Primeiro a prestar depoimento no terceiro dia do júri dos acusados de matar o menino Joaquim Ponte Marques, em Ribeirão Preto (SP), o delegado Paulo Henrique Martins Castro explicou aos jurados, nesta quarta-feira (18), o inquérito que o levou a indiciar Guilherme Longo, padrasto da criança, mas eximiu a mãe, Natália Ponte, de responsabilidade no caso.
“O depoimento é sempre o mesmo. (…) Quem tem que julgar isso é a justiça. Não sou eu que vou julgar o meu trabalho. Eu não tive mais contato nenhum depois que eu relatei o inquérito, então não sei se houve alguma mudança ou não”, disse Castro à EPTV, afiliada da TV Globo, ao ser questionado sobre a efetividade de seu trabalho na época do crime.
Paulo Henrique Martins de Castro, delegado que atuou nas investigações do Caso Joaquim, em Ribeirão Preto (SP)
Ronaldo Gomes/EPTV
Atualmente aposentado, Castro chefiou as investigações da Polícia Civil quando a criança foi dada como desaparecida de casa e depois quando foi encontrada morta, no Rio Pardo, em Barretos (SP), em novembro de 2013.
Foi ele que conduziu os trabalhos, incluindo laudo do IML e uma reconstituição com uso de um cão farejador, que levantaram indícios de que Longo aplicou uma superdosagem de insulina no enteado, diabético, e depois o jogou em um córrego.
No fechamento do inquérito, no entanto, ele não culpou Natália pelo que ocorreu com o filho. O indiciamento dela, por omissão, somente ocorreu posteriormente, a pedido da Justiça.
“Ele confirmou exatamente o que foi feito durante o inquérito e fez uma justificativa, por que naquele momento não havia indiciado a Natália, que posteriormente foi indiciada a pedido do judiciário. (…) Ele alegou que naquele momento não tinha todos os elementos para indiciá-la”, disse o advogado Alexandre Durante, assistente de acusação, logo depois do depoimento.
Segundo Durante, o delegado também argumentou que, quando assumiu as investigações, o caso ainda era tratado como um desaparecimento.
“Ele justificou aquilo que a gente já esperava: quando ele assume o caso ainda é no caso de desaparecimento, então não era um crime propriamente constatado, era um desaparecimento de criança, então naquele momento o procedimento da polícia estava correto.”
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